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Mercado precifica juro de 5,25% em junho nos EUA após payroll forte, diz CME Group
Os investidores esperam que a taxa terminal de juros dos EUA – aquela que será registrada no auge do ciclo da alta de juros – suba acima do projetado anteriormente ao alcançar seu nível máximo no meio do ano. A taxa dos Fed funds deve ser elevada mais duas vezes em 0,25 ponto percentual (p.p.) e atingir o pico de 5% a 5,25% em junho.
A projeção foi divulgada na manhã desta sexta (3) pelo CME Group, maior bolsa de derivativos financeiros do mundo, após o payroll de janeiro mostrar criação de postos de trabalho bem acima do previsto e queda inesperada da taxa de desemprego.
A economia dos EUA criou 517 mil empregos em janeiro, informou na manhã desta sexta (3) o Departamento de Trabalho, um sinal de que o mercado de trabalho segue muito forte. Em dezembro, o payroll havia registrado a criação de 223 mil vagas de trabalho. O resultado ficou bem acima das 187 mil vagas estimadas pelo consenso de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
Nesta manhã, o CME Group calcula 46,4% de probabilidade para juro na faixa citada, de 4,5% a 4,75% atualmente. Antes do dado, a probabilidade maior estava com a faixa de 4,75% a 5%, que recuou de 55,8% a 41,9%.
A plataforma ainda mostra 5,5% de chance para manutenção dos Fed funds em março, mês da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), ante 94,5% para outra alta de 0,25 p.p., ao nível de 4,75% a 5%. Ontem, as probabilidades eram de 17,3% e 82,7%, respectivamente.
Já para o fim do ano, a expectativa majoritária de investidores passou para juro de 4,5% a 4,75% (34,7%), de 4,25% a 4,5% (27,2%) antes do payroll. A mudança sugere que os mercados nos EUA moderaram sua expectativa por corte de juros pelo Fed ainda este ano.
Análise do Commerzbank
O mercado de trabalho americano está indo muito melhor do que o esperado e o Federal Reserve (Fed) deve continuar aumentando as taxas de juros nos EUA, segundo o Commerzbank, em relatório.
“Ao mesmo tempo, alguns dos sinais de fraqueza visíveis no mês passado também desapareceram. Naquela época, o emprego de trabalhadores temporários, que normalmente são os primeiros a serem demitidos, havia caído por cinco meses consecutivos. Agora, restam apenas dois meses de quedas, e janeiro teve um ganho de 26 mil trabalhadores”, apontou o banco alemão.
A taxa de desemprego ficou em 3,4% em janeiro, menor que as 3,5% de dezembro e 3,7% de novembro. O indicador também ficou abaixo das estimativas de 3,6%, de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”. Em janeiro, o número de pessoas desempregadas se manteve em 5,7 milhões, mesmo número de dezembro.
“O Fed espera que o mercado de trabalho se acalme para controlar a pressão inflacionária. A geração de empregos está muito acima dos cerca de 70 mil novos empregos necessários a cada mês para absorver a população crescente no mercado de trabalho”, acrescentou o Commerzbank.
O relatório do banco alemão também apontou que o Fed deve subir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual no mês de março.
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