‘Meta de inflação maior pode desancorar ainda mais as expectativas’, diz Barclays

Economista vê com preocupação a chance de revisão da meta sem uma regra fiscal conhecida e crível

Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

No momento em que participantes do mercado monitoram a possibilidade de uma mudança no nível das metas de inflação ocorrer já na próxima semana, o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski, alerta para a necessidade de o movimento ser coordenado com a política fiscal.

“Uma meta de inflação mais alta poderia ser interpretada pelo mercado, na ausência de uma regra fiscal conhecida e crível, como representando um piso, e não o verdadeiro centro de uma nova faixa da meta, o que poderia ser contraproducente e levar a uma desancoragem adicional das expectativas.”

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Em relatório enviado a clientes, Secemski observa que, na ausência de um evento que resulte na perda completa da ancoragem fiscal e que, como consequência, impulsione significativamente as expectativas inflacionárias para cima, “ainda acreditamos que o Banco Central prefira manter a Selic estável por mais tempo do que aumentá-la ainda mais”.

O economista, porém, diz ver aumento dos riscos de o início dos cortes nos juros ser postergado. Atualmente, o cenário básico do Barclays contempla uma Selic de 12,5% no fim do ano, com uma primeira queda da taxa em setembro.

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