Morning call: qual bolsa de valores teremos nesta semana?

A sexta-feira trouxe enfim uma boa notícia para a bolsa de valores, que fechou em alta.

Fachada da bolsa de valores - Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Fachada da bolsa de valores - Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

A sexta-feira (18) trouxe enfim uma boa notícia para a bolsa de valores, que fechou em alta de 0,37%, aos 115.408 pontos. Resta saber se na semana que começa nesta segunda-feira (21) o desempenho se manterá positivo ou se haverá novamente um recrudescimento do índice.

Importante lembrar que a alta de sexta-feira foi a primeira em agosto após uma série histórica de 13 baixas consecutivas.

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Há pela frente uma semana com um calendário econômico um pouco mais movimentado em relação ao que ocorreu na semana anterior.

A semana começa com a divulgação do Boletim Focus, pode haver em Brasília uma movimentação que se encerre na apreciação do arcabouço fiscal e, finalmente, na sexta-feira haverá a divulgação da prévia da inflação oficial – medida pelo IBGE no IPCA-15.

No cenário externo, o mercado deve se concentrar em acompanhar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed) no simpósio de Jackson Hole. E, claro, haverá também olhos para acompanhar de perto o que ocorre na Ásia.

Vamos ao fechamento das bolsas asiáticas.

Fechamento das bolsas asiáticas

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único nesta segunda-feira após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciar decisão de política monetária, com corte na taxa de referência (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano, mas manutenção na LPR de 5 anos. Xangai recuou mais de 1%, mas Tóquio avançou.

O PBoC cortou a LPR de 1 ano, de 3,55% a 3,45%, e manteve a de 5 anos, em 4,20%. Segundo analistas, havia expectativas para redução um pouco maior, de 15 pontos-base, na taxa de referência de 1 ano, e a manutenção da taxa de 5 anos era debatida.

O Danske Bank considerou que sua manutenção estava relacionada a preocupações com a fraqueza do yuan, enquanto a Pantheon via abordagem gradual do PBoC, com a intenção também de não pressionar mais o mercado imobiliário local. Para a Capital Economics, os cortes recentes de juros do BC chinês são insuficientes para gerar impacto significativo na economia do país.

A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,24%, em 3.092,98 pontos, na mínima do dia, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,99%, a 2.019,83 pontos. Ações do setor financeiro e de imobiliárias estiveram entre as maiores quedas. Citic Securities recuou 4,3% e China Vanke, 2,3%.

Já em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,37%, a 31.565,64 pontos. Ações de tecnologia e do setor imobiliário se saíram bem, com menor temor hoje sobre o aperto monetário global. Nomura Research Institute avançou 2,9% e Sumitomo Realty & Development, 2,3%. Havia expectativa pelo simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta semana.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou alta de 0,17%, a 2.508,80 pontos. Houve alguma recuperação na Bolsa de Seul, após seis pregões seguidos de quedas. Algumas ações ficaram mais atraentes após perdas recentes, e a decisão do PBoC esteve em foco. Havia, porém, certa cautela antes da decisão do BC da Coreia do Sul nesta quinta-feira e também do discurso de Powell em Jackson Hole.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,82%, a 17.623,29 pontos. A decisão do PBoC também foi foco importante, e para analistas do Goldman Sachs o BC chinês desapontou. O Goldman avalia que a decisão poderia inclusive ter efeito contrário ao desejado, com o mercado interpretando que o comando da China está “pouco disposto a entregar estímulos políticos, mesmo moderados”. Já em Taiwan, o índice Taiex terminou estável, em 16.381,49 pontos.

Na Oceania, na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,46%, em 7.115,50 pontos. Os setores financeiro e de tecnologia pesaram nos negócios no mercado australiano. O financeiro recuou 0,85%, após Westpac reportar lucro trimestral abaixo do esperado por analistas. A ação do próprio banco caiu 3,1%. Megaport teve baixa de 5,6%, antes de publicar resultados anuais nesta terça-feira, 22.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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