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Morning call: quando a bolsa de valores vai ser capaz de reagir e voltar a subir? Fica a questão
A sequência pra lá de negativa da bolsa de valores – já são onze quedas consecutivas – tem a ver com o crescimento chinês menor do que o esperado e com a fuga de investimento estrangeiro. Não há indícios de que esse cenário mude tão rapidamente, o que nos leva a uma pergunta: quando o Ibovespa será capaz de reagir e experimentar um pregão em alta em agosto?
Ontem, o cenário foi mais uma vez negativo: a bolsa fechou em queda de 0,55%, aos 116.171 pontos, e o dólar terminou o dia em alta, se aproximando dos R$ 5 – a moeda norte-americana ficou cotada a R$ 4,986, uma valorização de 0,42%.
Ata da reunião do Fed
Um fato importante, que pode influenciar os rumos do pregão, é que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulga a ata de sua última reunião – o encontro de política monetária elevou os juros em 0,25 ponto porcentual (para a faixa de 5,25% a 5,50%).
Em sua fala após a decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, deu sinais de que o aperto poderia ter chegado ao fim. A ver se o documento vai confirmar esse indício.
E o mercado também pode refletir o que ocorreu nas bolsas asiáticas
Fechamento das bolsas asiáticas
Os mercados acionários da Ásia registraram baixas nesta quarta-feira. Preocupações com o ritmo da economia da China continuavam a influir, e o pregão negativo do dia anterior em Nova York pesou em algumas praças.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei teve queda de 1,46%, a 31.766,82 pontos, encerrando na mínima do dia. O setor financeiro esteve sob pressão na bolsa japonesa, com preocupações de que custos mais altos de empréstimos pesem na perspectiva econômica. A ação da Mitsui & Co. caiu 3,8% e Mitsubishi UFJ Financial Group, 2,9%.
Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,82%, em 3.150,13 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,95%, a 2.058,30 pontos. Continuava a haver certa cautela com o quadro econômico da potência asiática, após dados recentes mais fracos que o previsto pelo mercado e que fizeram, por exemplo, o JPMorgan e o Barclays cortarem projeções para o PIB chinês neste ano.
Entre ações em foco hoje, fabricantes de softwares e empresas de telecomunicações lideraram as perdas. Beijing Kingsoft Office Software caiu 7,5% e China Mobile, 3,1%. Já o recentemente pressionado setor imobiliário teve alguma recuperação, com esperança de que possa haver estímulo oficial ao segmento: China Vanke subiu 1,75% e Poly Developments & Holdings Group, 1,9%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,36%, a 18.329,30 pontos.
O índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou em baixa de 1,76%, em 2.525,64 pontos. O quadro negativo de ontem em Nova York e também o de hoje na própria Ásia influenciaram a bolsa sul-coreana, com preocupações sobre a China e sobre a própria demanda doméstica. LG H&H caiu 7,1%, Lotte Energy Materials teve baixa de 6,4% e Hanwha Ocean, de 6,1%.
Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,05%, a 16.446,78 pontos. Neste caso, o quadro foi negativo todo o dia, mas houve clara redução das perdas na reta final do pregão.
Na Oceania, na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 200 registrou queda de 1,50%, a 7,195,20 pontos. A praça australiana registrou sua maior queda diária em quase seis semanas, na esteira das perdas de ontem em Nova York. Em Sydney, ações do setor financeiro estiveram entre as baixas e mineradoras também caíram, enquanto o setor de tecnologia teve o pior desempenho.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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