Mudança climática é ‘elefante na sala’ com o qual setor de seguros precisa lidar, diz Susep

As mudanças climáticas representam hoje um “elefante na sala” com o qual o setor de seguros deve aprender a lidar, disse hoje Paulo Miller, assessor da diretoria de regulação prudencial e estudos econômicos da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para ele, o mercado não precisa encarar os efeitos das mudanças no clima com um olhar […]

As mudanças climáticas representam hoje um “elefante na sala” com o qual o setor de seguros deve aprender a lidar, disse hoje Paulo Miller, assessor da diretoria de regulação prudencial e estudos econômicos da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para ele, o mercado não precisa encarar os efeitos das mudanças no clima com um olhar “extrativista”, baseados na ideia de “explorar até que deixe de ser segurável”, mas manter o risco “segurável” incentivando as boas práticas de gestão de risco.

  • Leia também: Seguradoras ainda calculam perdas com incêndios

“A gente tem a questão da precificação, a venda da proteção, mas o seguro tem outro papel muito importante nessa agenda que é o papel regulatório, do incentivo de boas práticas de gerenciamento de risco por parte dos segurados”, afirmou Miller durante a abertura do 1º Fórum IRB(P&D) que discute desafios e oportunidades no enfrentamento de riscos climáticos, realizado no Rio de Janeiro.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Segundo o assessor da Susep, há hoje um grande “gap” (lacuna) de proteção no país, que ficou evidente com a tragédia no Rio Grande do Sul. “Um dos fatores do ‘gap’ é o desconhecimento das pessoas da proteção que o mercado disponibiliza para elas”, explicou.

Uma nova realidade, em que eventos climáticos serão mais frequentes, demanda uma atualização das seguradoras. “Continuamos usando modelos de série histórica para avaliação de risco, mas o problema é que a gente tem uma quebra de série histórica evidente com a questão climática”, disse Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional de Seguradoras (CNseg).

Últimas em Economia

“Essa é a indústria que melhor tem a capacidade de gerenciar riscos (…) Precisamos realmente exercer um esforço enorme de preparação desse mercado para lidar com esse risco, que está aumentando e vai continuar aumentando.”

Para Marcos Falcão, diretor-presidente do IRB (Re), esse risco precisa ser encarado de frente. “Eventos como o do Rio Grande do Sul causam perdas seguradas e econômicas discrepantes. Então, há muito a se fazer ainda, e com os riscos climáticos isso se agrava”, afirmou. “Nossa missão como empresa é diminuir esse ‘gap’ de proteção. Nosso papel é pagar o sinistro e precificar corretamente para que sejamos perenes e seguros. Isso é gestão de riscos.”

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS