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‘Não consigo apostar contra bolsa americana’, diz gestor que vê dólar dominante por 50 anos

Em entrevista ao PodInvestir, José Rocha, da Dhalia, conta como está sua tese otimista com bolsa americana, mesmo após as novas tarifas de Donald Trump

Um dos gestores brasileiros com a tese de investimento mais otimista sobre os Estados Unidos, José Rocha, CIO da Dhalia Capital, ainda mantém a fé na bolsa americana, com destaque para as empresas de tecnologia, e na valorização do dólar frente as outras moedas.

O gestor participou da série especial do PodInvestir, podcast original da Inteligência Financeira. O programa já está disponível no Youtube, no Spotify ou em sua plataforma preferida.

Nele, José Rocha falou como anda sua estratégia de Pax Americana, posição que ele mantém desde 2020.

Segundo ela, os Estados Unidos vão se manter soberanos nos negócios e na geopolítica daqui para os próximos cinquenta anos. E isso, não importando o que aconteça nesse meio tempo.

Mas será que ele mantém essa crença mesmo com Donald Trump pintando e bordando com a imposição de tarifas e, no campo geopolítico, minando a posição americana de grande parceiro comercial e militar dos países ocidentais?

Horizonte de investimento

Para José Rocha, a resposta não é sim, nem é não. Ela depende. E depende, basicamente, do horizonte de investimentos. Se de curto, médio ou de longo prazo.

“O que gente tem estudado? Ele já saber mais ou menos como é o caminho das pedras, que foi um aprendizado do primeiro mandato, faz ele ser mais efetivo na implementação das propostas”, contou José Rocha.

3-3-3

Segundo o gestor, Trump tem falado desde a campanha, e continua enfatizando atualmente, o plano que chamam de Três, Três, Três. São 3% de crescimento de PIB, na média, durante os quatros anos. Três milhões a mais de produção de barris de petróleo por dia. E 3% de redução do déficit fiscal do país.

“Desses, os 3% de redução de déficit é o mais difícil da gente ver acontecendo”, destaca.

Mudou um pouco

A gravação com José Rocha aconteceu no dia 27 de março, um pouco antes do fatídico 2 de abril, em que Trump distribuiu tarifas a torto e à direita pelo mundo.

Durante a entrevista, quando perguntado sobre o curto e médio prazo, ele respondeu que “não conseguia apostar contra o S&P 500”, citando o principal índice de ações da bolsa americana.

Depois, em uma entrevista telefônica, no dia 4 de abril, ele reformulou a frase. “É difícil apostar contra a bolsa americana”.

Menos bolsa

Na prática, essa pequena mudança em sua citação significa que, se antes ele estava cauteloso, mas ainda comprado de ações principalmente de empresas de tecnologia, depois do dia 2 de abrir, a Dhalia precisou reduzir a exposição.

“O impacto das tarifas que ele anunciou foi muito forte”, disse ele, no dia 4 de abril.

Bom para Brasil?

Mas, além de bolsa americana (vale a pena entender sua tese sobre as empresas de tecnologia) e dólar, José Rocha falou sobre Europa e muito sobre Brasil, com destaque para suas expectativas em torno da bolsa de valores.

Série sobre 100 dias de Donald Trump

Confira a entrevista, que faz parte de uma série do PodInvestir com quatro entrevistas sobre os 100 primeiros dias de Donald Trump na cadeira política mais importante do mundo.

O primeiro episódio foi com Bruno Serra Fernandes, gestor da família de fundos Janeiro, da Itaú Asset.

Assista a entrevista com Bruno Serra aqui, ou no player abaixo.

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