Está prevista uma dança de cadeiras nos ministérios com a proximidade do 2 de abril, prazo de desincompatibilização de cargos públicos, para nomes interessados em concorrer nas eleições de outubro
O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, acredita que as mudanças em ministérios nas próximas semanas não devem afetar o processo de privatização da companhia. Faltando menos de dois meses para o prazo final do prazo final do processo de privatização, o executivo disse que a empresa tem o mesmo cronograma considerando o quarto trimestre.
No momento, a privatização da companhia está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão aprovou a primeira fase de estudos para operação no mês passado. Uma segunda deliberação, no entanto, ainda está em andamento.
“O governo tem trabalhado nas tratativas com o tribunal e o TCU tem o papel totalmente legítimo de fazer a análise do processo e eventualmente fazer contribuições”, afirmou Limp.
Entretanto, está prevista para as próximas semanas uma troca de nomes nos ministérios do governo, dado o prazo para que interessados em concorrer nas eleições de outubro se descompatibilizem de cargos públicos.
“Esse processo [da privatização] tem sido discutido há bastante tempo, é maduro, imagino que esse diálogo entre tribunal e governo vai continuar ocorrendo”, disse Limp.
Segundo o executivo, existem etapas a serem concluídas, ajustes nos prazos dos resultados e etapas internas como o fechamento do formulário 20-F, tratativas com a CVM, e externas, como a aprovação do Tribunal de Contas União (TCU) para a privatização. “Trabalhamos com a expectativa de que exista interesse do mercado na capitalização da empresa”, diz Limp.
O executivo considera que já avançou e está otimista de efetivar a operação de capitalização em maio. Entretanto, caso os prazos não sejam suficientes, ele considera um novo prazo para meados de agosto para a oferta.