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Nesta semana, investidores começam a se preparar para guerra mais longa
Cada notícia que chega do leste europeu reduz um pouco mais a esperança de que a guerra entre Rússia e Ucrânia termine logo. O vice primeiro-ministro britânico Dominic Raab disse neste domingo (6) que o conflito pode durar meses ou até anos.
O mercado financeiro global começa, então, a se preparar para esse cenário. Os preços dos alimentos e dos combustíveis devem continuar subindo, já que uma grande produtora, a Rússia, está fora do jogo do comércio internacional por conta das sanções econômicas que lhe foram impostas. A inflação impulsionada pela pandemia de Covid-19 tende a acelerar em todo o mundo. Se as interrupções de compra do petróleo russo seguirem ao longo do ano, o barril pode terminar 2022 a US$ 185, nas contas do banco de investimentos americano JPMorgan – o que significaria um aumento de 57% em relação à cotação atual.
Empresas que cortaram os seus laços com a Rússia precisarão absorver os prejuízos – para a BP, que decidiu abrir mão de uma participação de cerca de 20% na petroleira estatal russa Rosneft, o baque pode chegar a US$ 25 bilhões neste primeiro trimestre. Durante o final de semana, a Visa, a Mastercard e o PayPal anunciaram a suspensão de seus serviços na terra de Vladimir Putin. A fabricante brasileira de aeronaves Embraer pode ficar sem matéria-prima para a produção de peças, pois sua maior fornecedora de titânio, a VSMPO-Avisma, é russa.
Se, nos últimos dias, as movimentações nas Bolsas de Valores e no mercado de títulos de dívida (pública e privada) andava devagar, enquanto os investidores esperavam definições sobre a guerra para se movimentar, é provável que, a partir de agora, as mudanças de posição fiquem mais agressivas. Em tempos de incerteza, a aversão ao risco tipicamente cresce: ouro, imóveis e ativos de renda fixa, tidos como mais seguros, se valorizam, em detrimento da renda variável.
Como afeta meus investimentos?
Na segunda-feira (7), às 14h, a Inteligência Financeira realiza uma live com Martin Iglesias, especialista em investimentos, e Pedro Renault, economista, ambos do Itaú, para falar sobre o que fazer com os investimentos agora. Em todo cenário de tensões geopolíticas acentuadas, os investidores tendem a adotar uma postura de aversão a risco, ou seja, migrar seus investimentos de opções mais arriscadas para opções mais seguras. Mas será que esse caminho é sempre correto? Quais oportunidades estão na mesa agora?
Se você quer saber quais os possíveis impactos na economia e nos mercados, em detalhes, participe da Live IF. Venha entender os principais vetores da crise, os possíveis cenários e impactos para os seus investimentos.
A transmissão será pelos canais da Inteligência Financeira, no Youtube e Instagram.
Indicadores e eventos para acompanhar
Segunda (7)
- 8h25: Boletim Focus, do BC
- S/h: Começa o período de entrega da declação do imposto de renda
Terça (8)
- 8h: IGP-DI, da FGV (referente a fevereiro)
- 10h: Produção e vendas de veículos, da Anfavea (referente a fevereiro)
Quarta (9)
- 9h: Produção industrial, do IBGE (referente a fevereiro)
- 12h30 – EUA: Estoque de petróleo
- 13h: Confiança do consumidor Reuters/Ipsos (referente a março)
Quinta (10)
- 8h: Índice de evolução do emprego segundo o Caged, do Ministério do Trabalho (referente a janeiro)
- 9h: Vendas no varejo, do IBGE (referente a fevereiro)
- 10h30 – EUA: Índice de preços ao consumidor e pedidos de seguro-desemprego
Sexta (11)
- 9h: IPCA, do IBGE (referente a fevereiro)
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