Nesta semana, todas as atenções do mercado estão no leste europeu

Eventual invasão da Rússia à Ucrânia deve fazer investidores fugir de ativos de risco

Vista de Kiev, capital da Ucrânia (Robert Anasch/Unsplash)
Vista de Kiev, capital da Ucrânia (Robert Anasch/Unsplash)

No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com seu par russo, Vladimir Putin, e avisou que o custo de uma invasão à Ucrânia seria “rápido e severo”. Mas, como todo o esforço diplomático que tem sido feito até agora para evitar uma guerra no leste europeu, não pareceu surtir efeito.

Na realidade, a tensão geopolítica só faz aumentar. Diversos países já pediram a seus cidadãos que saiam da Ucrânia e retiraram funcionários não-essenciais das embaixadas. A movimentação da Rússia na fronteira com a Ucrânia não dá sinais de arrefecimento.

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Mesmo assim, em uma nova tentativa de apaziguar os ânimos, o primeiro-ministro alemão, Olaf Schulz, vai viajar a Kiev, capital da Ucrânia, na segunda (14) e a Moscou, na Rússia, na terça (15).

O mercado financeiro global vai acompanhar de perto cada passo. No final da semana passada, diante do alerta dos EUA de que um conflito é iminente, as Bolsas americanas caíram e o índice VIX, conhecido como índice do medo, disparou.

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Esses momentos servem para relembrar como o mercado é mais emoção do que razão. Tradicionalmente, ao menor nervosismo, os investidores fogem dos ativos de maior risco – por exmeplo as ações – para se refugiar em ativos mais seguros – renda fixa e ouro.

Em tese, portanto, a Bolsa brasileira pode sofrer muito com uma guerra, pois os países emergentes são tidos como ainda mais arriscados. Porém, uma das consequências mais imediatas do medo global é o aumento dos preços do petróleo – exatamente como aconteceu na sexta (11). Essa alta favorece as petroleiras, como a Petrobras, a PetroRio e a 3R Petroleum, cuja produção é comercializada pela cotação internacional. Essas empresas juntas têm um peso de 13,2% no Ibovespa, o principal índice acionário brasileiro.

Agenda da semana

Segunda (14)

  • 8h25: Relatório Focus

Terça (15)

  • 8h: IGP-10 e Monitor do PIB, da FGV
  • 10h30 – EUA: índice de preços ao produtor

Quarta (16)

  • 8h: IPC-S da segunda quadrissemana, da FGV
  • 10h30 – EUA: vendas do varejo
  • 11h15 – EUA: produção industrial
  • 16h – EUA: ata do Fomc (comitê de política monetária do Fed, o banco central americano)

Quinta (17)

  • 8h: IGP-M, segunda prévia de fevereiro, da FGV

Sexta (18)

  • 12h – EUA: indicadores antecedentes, do Conference Board
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