IF Hoje: Deflação no atacado dos EUA reforça otimismo sobre desaceleração dos preços

Expectativa de esfriamento da economista também é alimentada por alta de pedidos de seguro-desemprego

Times Square, centro comercial e cultural em Nova York (Foto: 
Victor He/Unsplash)
Times Square, centro comercial e cultural em Nova York (Foto: Victor He/Unsplash)

Depois de o índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos animar o mercado financeiro na quarta-feira (9), a inflação no atacado, divulgada nesta manhã, volta a alimentar o otimismo de que os preços no país estão desacelerando após chegarem aos níveis mais altos em 40 anos.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou queda de 0,5% dos preços em julho ante junho, quando a expectativa era de uma alta de 0,2%, segundo a agência de informações financeiras Dow Jones. É a primeira deflação desde abril de 2020, quando a economia mundial praticamento parou diante das incertezas do início da pandemia de Covid-19. No acumulado de 12 meses, o PPI ficou em 9,8% em julho, menor patamar desde outubro de 2021. A estimativa era de uma desaceleração de 11,3% em junho para 10,4% no mês passado.

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A baixa de 9% nos preços dos combustíveis no mês passado foi o que mais contribuiu para a deflação no atacado.

Mercado de trabalho

Dados do mercado de trabalho que também saíram na manhã desta quinta (11) reforçam a expectativa de desaceleração da economia.

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Os pedidos de seguro-desemprego cresceram de 248 mil há duas semanas (dado revisado) para 262 mil na semana passada, quase em linha com as estimativas, que eram de que ficassem em 263 mil.

O crescimento do número de americanos desocupados é um bom sinal no momento em que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) busca fazer a economia se desacelerar um pouco a fim de conter a inflação. A queda dos preços no atacado significa que a inflação ao consumidor vai perder mais gás nas próximas semanas.

Por que importa?

Se o desaquecimento da economia se mostrar contínuo, o Fed pode diminuir o ímpeto de elevação dos juros no país. Por exemplo, aumentando a taxa básica em 0,5 ponto percentual em sua reunião de setembro, menos do que o 0,75 p.p. de julho, que levou a taxa para o intervalo 2,25%-2,5% ao ano. Essa é a maior aposta dos investidores neste momento.

Como afeta os investimentos?

A perspectiva de desaceleração do ritmo de alta dos juros nos EUA torna as aplicações em renda fixa menos atraentes e favorece as de renda variável, como as ações negociadas em Bolsa de Valores.

Agenda do dia

  • Balanços antes da abertura dos mercados (Brasil): Raízen, Taesa
  • 9h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal)
  • 9h30 – EUA: Índice de preços ao produtor (julho)
  • 11h: Leitura das cartas em apoio à democracia na Faculdade de Direito da USP e na Fiesp
  • Balanços após o fechamento dos mercados (Brasil): B3, JBS, Rede D’Or, Localiza, Hapvida, CPFL, Rumo, Sabesp, CCR, Eneva, Natura, Magazine Luiza, Energisa, Comgas, Americanas, Dasa, Grupo Mateus, Arezzo, Grupo Soma, Marfrig, BR Malls, Cyrela, Vivara, Cogna, Azul, Via, EZTec, JHSF, Oi, BR Properties, Randon, Qualicorp, Aeris, Hermes Pardini, Light, Hidrovias do Brasil, Banco BMG, Marisa, Trisul, IMC, Westwing, Enjoei, Springs, Time for Fun, Le Lis Blanc
  • Balanços após o fechamento dos mercados (EUA): Vinci Partners
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