NY: Bolsas fecham com ganhos consistentes com ajuda de balanços de bancos

O que também ajudou foi a recuperação da libra frente ao dólar, levando a moeda americana a ficar fraca no exterior

Pregão da Nyse:  Foto: Valor Econômico
Pregão da Nyse: Foto: Valor Econômico

Os três principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão desta segunda-feira (17) com ganhos consistentes, em dia em que o investidor buscou recuperação, enquanto os números dos balanços dos bancos serviram como catalisadores para o avanço.

O que também ajudou foi a recuperação da libra frente ao dólar, levando a moeda americana a ficar fraca no exterior, com o índice DXY recuando mais de 1% na maior parte da sessão. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano seguiram fracos na sessão, dando espaço para o avanço das companhias de tecnologia, que costumam ser mais sensíveis ao movimento dos yields.

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No fim da negociação de hoje, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,86%, a 30.185,82 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 2,65%, a 3.677,95 pontos, e o Nasdaq cresceu 3,43%, 10.675,80 pontos. Todos os onze índices setoriais do S&P 500 terminaram a sessão com ganhos. O destaque ficou com o setor de consumo discricionário (+4,23%), em dia em que as ações da Tesla e da Amazon lideraram os ganhos, avançando 7,01% e 6,45%, respectivamente.

O catalisador da sessão foram os balanços corporativos do Bank of America (BofA) e do Bank of New York Mellon. Ambos apresentaram resultados melhores do que o esperado pelo mercado, e suas respectivas ações subiram 6,09% e 5,12%. Os ganhos de ambos vêm na esteira de bons resultados de outras instituições financeiras na sexta-feira, como Citi, JPMorgan e Wells Fargo.

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Mas embora os resultados tenham batido as expectativas, como lembrou em nota John Butters, analista sênior de balanços corporativos do FactSet, apesar do recente aumento nas taxas de juros, que costuma beneficiar as empresas deste setor, o segmento relata queda de 13% nos lucros no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2021. Um dos motivos, segundo Butters, é que houve um aumento nas provisões para perdas com inadimplência. Essas provisões são um montante de dinheiro reservado para pagamento de empréstimos que não são quitados –o que os transformam em despesas no balanço.

“Os bancos aumentaram drasticamente suas provisões para perdas com empréstimos no primeiro semestre de 2020 em conjunto com os bloqueios econômicos causados pela covid-19”, explicou Butters. “Os bancos reduziram substancialmente suas provisões para perdas com empréstimos durante 2021, com o relaxamento das restrições e a melhoria das condições econômicas durante o ano”, ainda segundo o analista. Mas os bancos aumentaram essas provisões novamente em 2022, “e estão enfrentando comparações difíceis com os números muito mais baixos de 2021”.

Apesar das perdas com as provisões, outros números se mostram bastante otimistas para o investidor. Nos próximos dias a atenção deve se voltar as números da IBM, Johnson & Johnson, Tesla e Netflix.

Hoje, além do bom humor com os resultados dos bancos, a reviravolta no programa de subsídio de energia e de cortes de impostos no Reino Unido também deu um alívio à instabilidade do mercado. O novo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, revisou o programa apresentado pelo seu antecessor, Kwasi Kwarteng, na tentativa de acalmar o mercado. Com isso, a libra voltou a subir, com ganhos de 1,52%, a US$ 1,1353 perto das 17h30. Já o dólar sofreu, com o índice DXY caindo 1,04%, a 112,134 pontos no mesmo horário.

A sessão também foi marcada pela fraqueza dos rendimentos dos títulos do Tesouro. O yield da T-note de dez anos recuava, de 4,024% do último fechamento para 4,017% hoje, enquanto o retorno do papel de dois anos caía de 4,511% da última sessão para 4,452%.

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