NY: Bolsas fecham em alta; Didi Global, controladora da 99, sobe 24,3% na sessão

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão desta segunda-feira em alta

Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash
Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão desta segunda-feira em alta, em dia sem divulgação de indicadores econômicos para dar alguma orientação e também sem algum catalisador que impulsione a busca por ativos de risco. O pregão foi marcado pelo avanço forte dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, em meio à precificação dos investidores das perspectativas de um prolongamento no ritmo de altas de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros.

Terminadas as negociações, o índice Dow Jones subiu 0,05%, a 32.915,78 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,31%, a 4.121,43 pontos, e o Nasdaq subiu 0,40%, a 12.061,37 pontos. O avanço, porém, perdeu ímpeto ao longo da sessão, e o Dow Jones chegou a operar parte da sessão no vermelho. A fraqueza se deu em meio ao avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano.

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Perto das 17h30, o yield da T-note de dez anos operava a 3,044%, de 2,955% da última sessão. Já o papel de dois anos subia, a 2,732%, de 2667% da última sessão. Os rendimentos sobem com intensidade em meio a falas de integrantes do Federal Reserve (Fed) de que o banco central americano pode manter o ritmo de alta de 0,5 ponto percentual também na reunião de setembro.

No horário já mencionado, os dados do CME Group apontavam, em base nos contratos futuros dos Fed funds, uma chance de 62,9% de um aumento de 0,5 ponto percentual em setembro. Há uma semana a probabilidade era de 35,1%.

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Como apontou a corretora Charles Schwab, em nota pela manhã, “parece provável que a volatilidade continue com os dados de inflação chegando ao final desta semana, já que o aumento persistente dos preços levou o Fed a se tornar agressivo em sua campanha de aperto monetário, o que, por sua vez, alimentou a preocupação com uma desaceleração da economia e uma possível recessão”.

Apenas dois índices setoriais fecharam em queda: energia (-0,11%) e imobiliário (-0,29%). Já na ponta dos ganhos, o melhor desempenho ficou com o setor de consumo discricionário, avançando 1,03%.

Entre as ações, as do Google e as da Amazon fecharam, ambas, em alta de 1,99% na sessão. Já as ações do Twitter recuaram 1,49%, após o bilionário Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, ameaçar desistir de acordo de compra da rede social, ao alegar que a empresa havia violado materialmente os termos do acordo ao não fornecer informações sobre o número de contas falsas e usuários em sua plataforma.

Ações do setor de turismo também foram beneficiadas com a reabertura da economia chinesa. As ações da rede Caesars Entertainment subiram 3,44%, enquanto as do Wynn Resorts subiram 2,47%.

Didi Global, controladora da 99, sobe 24,3% na sessão

As ações da Didi Global, controladora da 99, fecharam em forte alta, no topo da lista das mais negociadas da bolsa de Nova York, após as autoridades chinesas anunciarem que vão encerrar uma investigação que já dura um ano contra ela e outras duas empresas do país com ações listadas nos Estados Unidos, preparando a retirada da proibição da adição de novos usuários nas plataformas, segundo fontes.

Os papéis da Didi avançaram 24,32%, negociados a US$ 2,30 — maior valor desde abril—, com volume financeiro de US$ 345,9 milhões, quase sete vezes acima do montante negociado na sexta-feira.

O plano é permitir que usuários na China consigam se cadastrar nos aplicativos da Didi, da transportadora Full Truck Alliance e da plataforma de empregos Kanzhun ao retorná-los às lojas de aplicativos.

As empresas tiveram seus programas retirados em julho de 2021, com o governo alegando problemas de cibersegurança. Diante as preocupações crescentes com a rápida deterioração da economia chinesa, o governo abrandou sua campanha para coibir o crescimento das grandes empresas de tecnologia do país e seus bancos de dados.

As autoridades se reuniram com as três empresas na semana passada para discutir as investigações. Elas devem receber multas e serão obrigadas a entregar uma participação de 1% ao estado e dar a representantes do governo da China um cargo com influência direta nas decisões corporativas, segundo fontes.

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