NY: Bolsas fecham em forte alta após inflação mais fraca nos EUA; Nasdaq avança mais de 7%
Os três principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão de hoje em forte alta
Os três principais índices acionários de Wall Street encerraram a sessão de hoje em forte alta, em dia de divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, referente ao mês de outubro. O dado veio mais fraco do que a estimativa dos economistas em seus quatro principais recortes, dando esperança para o investidor de que o Federal Reserve (Fed) reduza o ritmo de seu aperto monetário já no encontro de dezembro. Diante disso, o dólar despencou no exterior, assim como os rendimentos dos títulos do Tesouro. Já a busca por ativos de risco cresceu, levando os três benchmarks a registrarem o melhor desempenho diário desde o primeiro semestre de 2020.
No fim das negociações, o índice Dow Jones subiu 3,70%, a 33.715,37 pontos, no maior ganho diário desde maio de 2020. Já o S&P 500 avançou 5,54%, a 3.956,37 pontos, no melhor crescimento desde abril de 2020. O Nasdaq exibiu alta de 7,35%, a 11.114,15 pontos, no melhor resultado diário desde fim de março de 2020.
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Todos os onze índices setoriais fecharam com ganhos, com destaque para os setores mais sensíveis ao aumento dos juros nos EUA. O setor de tecnologia liderou os avanços, com crescimento de 8,33%, enquanto o setor imobiliário seguiu com alta de 7,74% e o segmento de consumo discricionário avançou 7,70%. Enquanto isso, perto das 18h20, o rendimento do título do Tesouro americano de dois anos operava em queda, a 4,324%, de 4,651% do último fechamento. Já o retorno do papel de dez anos caía, a 3,827%, de 4,098% da última sessão.
E não foram só os rendimentos que foram penalizados. No horário acima, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados emergentes, operava em queda de 2,55%, a 107,727 pontos, aproximando-se da maior queda diária desde março de 2009.
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Depois dos números de hoje, os contratos futuros dos Fed funds passaram a apontar uma chance de 80,6% de aumento das taxas de juros em 0,50 ponto percentual em dezembro, em vez de 0,75 ponto. Antes da divulgação dos dados, a probabilidade estava em 52%, segundo os dados compilados pelo CME Group.
Apesar de todo o alvoroço da sessão, Steven Blitz, economista-chefe do TS Lombard, disse que ainda é cedo para apostar em uma redução de ritmo de ajuste pelo Fed. “A desaceleração [da inflação] sinaliza uma parada [nas altas de juros] iminente e a parada só pode se traduzir em uma política rígida se a economia começar a realmente desacelerar com o aumento do desemprego. Em vez disso, tudo o que acontece na economia sugere o contrário”, afirmou em nota.
Para ele, a desaceleração dos preços ainda não é suficiente para o Fed sinalizar o fim deste ciclo, caindo para uma alta de 0,50 ponto de alta na reunião de dezembro. “Se a contratação de novembro cair abaixo de 200 mil, um aumento de 0,50 ponto é uma possibilidade que vale a pena considerar. Até que haja uma desaceleração acentuada na atividade, ainda acredito que o Fed vá para 0,75 ponto em dezembro”.