NY: Bolsas fecham em queda com peso dos rendimentos dos Treasuries e dólar forte

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão desta quarta-feira (19) no vermelho

Veja o desempenho das bolsas de NY -  Foto: Richard Drew/AP
Veja o desempenho das bolsas de NY - Foto: Richard Drew/AP

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão desta quarta-feira (19) no vermelho, em dia em que o dólar voltou a se fortalecer no exterior e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano também voltaram a subir. Apesar de bons resultados corporativos, da United e da Netflix, o otimismo das duas últimas sessões não se estendeu às negociações de hoje, principalmente porque a preocupação com a inflação e o aperto monetário foram alimentados ora por dados europeus sobre alta de preços ora pela divulgação do livro Bege. O documento do Federal Reserve (Fed) mostrou um pessimismo crescente com a fraqueza da demanda, enquanto o mercado de trabalho dá sinais de esfriamento.

No fim do dia de hoje, o índice Dow Jones terminou em queda de 0,33%, a 30.423,81 pontos, enquanto o S&P 500 encerrou com perdas de 0,67%, a 3.695,16 pontos, e o Nasdaq caiu 0,85%, 10.680,51 pontos. Dos 11 índices setoriais do S&P 500, apenas um permaneceu em território positivo: o segmento de energia (+2,94%). O setor foi beneficiado pelo bom desempenho dos preços do petróleo, apesar do anúncio do governo de Joe Biden sobre a liberação de mais barris das reservas estratégicas para controlar o preço da commodity e também do dólar mais forte no exterior. As ações da Chevron subiram 3,28% e as da Exxon Mobil avançaram 2,99%.

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A moeda americana voltou a subir com força na sessão de hoje. Perto das 17h15, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em alta de 0,67%, a 112,887 pontos. O avanço da divisa americana se deu em meio à fraqueza do euro e da libra, que foram bastante penalizadas após os índices de preços ao consumidor na zona do euro e do Reino Unido saírem fortes, apontando para mais aumentos agressivos dos juros pelos respectivos BCs.

Além do avanço do dólar, hoje os rendimentos dos títulos do Tesouro se mantiveram com ganhos. O yield da T-note de dez anos operava, perto do horário acima, em alta, a 4,126%, de 4,011% do último fechamento. Já o retorno do papel de dois anos subia, a 4,550%, de 4,444% da última sessão.

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O mau humor que dominou a sessão desde o início recebeu também suporte do Livro Bege na sessão desta quarta. O documento apontou para um crescimento de pessimismo nos distritos, já que a demanda começa a mostrar fraqueza. O relatório do Fed também apontou para um esfriamento no mercado de trabalho, com as empresas ponderando se contratam ou não, uma vez que a perspectiva econômica é incerta. Para alguns distritos, isso é resultado do aperto monetário e da inflação alta.

Mas nem tudo foi drama na sessão. Os resultados da Netflix divulgados ontem, após o fechamento, e da United Airlines hoje pela manhã trouxeram sinais de força seja no número de assinantes de streaming seja na resiliência das viagens. “Ao todo, o tema da resiliência dos lucros corporativos continua a aparecer até agora nos resultados do terceiro trimestre, e isso sugere um quadro muito mais saudável para empresas e consumidores do que alguns temiam”, escreveu Edward Park, chefe de investimentos da Brooks Macdonald, em nota.

As ações da Netflix, assim, subiram 13,09% na sessão, enquanto as da United cresceram 4,97%.

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