O que aconteceu no Joesley Day, o dia que abalou o Brasil?
Caso você não conheça, o Joesley Day é “comemorado” nos dias 17 e 18 de maio, datas em que nossa economia levou um susto daqueles com o escândalo do dono de um frigorífico que envolveu até o presidente da República na época.
Em 2016, Joesley Batista, dono do grupo J&F estava por cima da carne seca: ficou famoso por ser dono da JBS, frigorífico da Friboi, que faturava a “singela” marca de RS 170 bilhões por ano. Além disso, ele tinha outras empresas que faziam dele um dos maiores nomes do agronegócio brasileiro e ainda foi considerado um dos setenta maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes.
O que ninguém podia imaginar era que esse cara aclamado seria responsável por fazer a bolsa despencar tanto que o dia 18 de maio de 2017 ficou conhecido como Joesley Day! Até o circuit breaker teve que ser acionado pra paralisar as negociações da B3, emergência que não acontecia desde 2008.
Joesley Day inflamou um país já conturbado
O Brasil estava num momento bem inflamado. Em 31 de agosto de 2016 – a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment e seu vice, Michel Temer, se tornou presidente.
Também em 2016, Joesley foi investigado na Operação Lava-Jato por pagamento de propina ao Eduardo Cunha, ex-presidente da câmara dos deputados, que foi um dos grandes responsáveis pelo impeachment da Dilma. Guarda essa informação.
Para acalmar a situação sensível, Temer assumiu a presidência prometendo uma agenda pró-mercado financeiro e reformas econômicas. Ele não era um líder popular, mas piadas diziam que “você pode não gostar do Temer, mas o mercado gosta”.
Focado nessa agenda, até maio de 2017, Temer foi relativamente bem nas propostas: aprovou o teto pra diminuir o crescimento dos gastos públicos e a reforma trabalhista, flexibilizou a contratação de funcionários. Empresários e instituições financeiras ficarem 100% felizes, só faltava a reforma da Previdência.
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