Glossário IF: o que é o teto de gastos?
Você já ouviu falar do teto de gastos? Ele é um mecanismo que impede o governo de aumentar as despesas a seu bel-prazer, evitando, assim, o descontrole das contas públicas e a piora da relação entre a dívida pública e o PIB. Pense numa pessoa que gasta mais do que ganha.
Ela pode até ser simpática, mas vive com o filme queimado no mercado por conta das dívidas e das finanças enroladas. Para dar um basta na situação, essa pessoa tem um insight. Anuncia que, durante 20 anos, vai impor um limite de gastos para si mesma. Um teto de gastos.
As despesas dela não poderão passar esse teto. Ele deverá ser seguido à risca e corrigido anualmente somente pela inflação oficial medida pelo IBGE. Para os íntimos, IPCA. E o que essa pessoa ganha com esse planejamento todo? Muitas coisas! Além de se organizar financeiramente, ela ganha reputação, deixa de ser malvista por aí. Os credores (quem emprestou o dinheiro) ficam confiantes de que, com esse plano, ela vai honrar as dívidas. Aliás, na economia, credibilidade é tudo.
Brasil criou teto de gastos em 2016
Essa história ilustra o que aconteceu no Brasil. Desde 2016, o teto de gastos funciona como um trilho que ajuda o país a organizar suas finanças, evitar uma disparada da inflação, e manter baixa as taxas de juros. Já falamos aqui sobre a Selic, a taxa básica de juros, mecanismo usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Além de influenciar nos juros de empréstimos e financiamentos, ela baliza os investimentos. Para facilitar, imagine uma gangorra: Selic mais alta e a economia lá embaixo, dificultando a vida de consumidores, empresas e governo. Selic mais baixa e o consumo lá no alto com a economia turbinada.
Pois bem, com a Selic e as contas públicas controladas, o teto de gastos estimula o Brasil a investir na geração de empregos, saúde, educação e infraestrutura.
Saiba mais sobre o teto de gastos no Glossário IF!
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