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O que esperar do PIB, da inflação, da Selic e do dólar em 2022?
Teremos retração do PIB em 2022? A inflação oficial vai estourar a meta pelo segundo ano seguido? Quando o Banco Central vai parar de subir a taxa Selic? Qual a chance de o dólar superar R$ 6? A Inteligência Financeira consultou os relatórios mais recentes de algumas das principais instituições financeiras do país para trazer as respostas.
PIB
A certeza é de que o país vai entrar no novo ano com a economia em desaceleração e com grande perspectiva de estacionar. A dúvida é se o desempenho da atividade no restante de 2022 ficará no campo positivo ou negativo. O Itaú Unibanco projeta uma queda de 0,5%. O Bradesco vê um crescimento de 0,8%. O Santander estima um avanço de 0,7%. Já a XP avalia que o PIB ficará no zero a zero. “O primeiro trimestre de 2022 se beneficiará de um crescimento forte e pontual do PIB agropecuário, mas esperamos contração do PIB nos trimestres subsequentes”, aponta o Itaú.
IPCA
Tudo indica que a inflação oficial do país, medida pelo IBGE, ficará mais um ano acima da meta estipulada pelo Banco Central, que em 2022 será de 3,5% – com o teto em 5%. O Itaú projeta um índice de 5% em 12 meses. O Santander aposta em uma alta de 5,8% no acumulado do ano, enquanto a XP considera um avanço de 5,2%. O Bradesco estima uma variação de 4,9%, com o IPCA no limite do teto previsto. “Estimamos que a inflação medida pelo IPCA experiente um platô ao redor de 11% entre outubro/21 e abril/22, encerrando 2021 em 10,5% e convergindo rapidamente para 5,8% no final de 2022, para alcançar o centro da meta apenas em 2024”, anota o Santander.
Selic
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sinalizou que vai elevar a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, de 9,25% para 10,75% ao ano, na primeira reunião de 2022, marcada para fevereiro. As instituições financeiras divergem sobre a dimensão e o ritmo do aperto monetário ao longo do ano. O Itaú projeta a Selic a 11,75% ao ano no final de 2022. O Bradesco estima uma taxa de 10,25% ao ano. O Santander considera que os juros vão subir a 12,25% ao ano. Já a XP prevê a Selic a 11% ao ano. “A perda de fôlego da economia tem a ver com a piora da renda disponível em função da aceleração da inflação. Agora, nossas projeções indicam IPCA em 10,0% em 2021 e em 4,9% em 2022. Neste cenário, o Banco Central deve levar a Selic para 11,75% em março, podendo cortá-la para 10,25% até o final do próximo ano, diante de sinais de fraqueza da atividade e de desaceleração da inflação”, registra o Bradesco.
Câmbio
O dólar permanecerá valorizado em relação ao real em 2022. O Itaú e o Bradesco estimam uma taxa de câmbio de R$ 5,50. Já Santander e XP veem a moeda americana negociada a R$ 5,70. “O real segue substancialmente desvalorizado em relação aos fundamentos, de acordo com nossas contas. Na primeira semana de dezembro, as moedas emergentes de depreciaram, com as perspectivas de normalização mais rápida da política monetária americana e o surgimento da variante ômicron do coronavírus. É cedo, no entanto, para afirmar que esta será uma tendência para os próximos meses. Considerando as incertezas externas e domésticas adiante, mantemos nossa projeção da taxa de câmbio em 5,7 reais por dólar em 2022”, relata a XP.
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