Onde investir na Bolsa brasileira após a alta de juros nos Estados Unidos?

Empresas defensivas nos setores de infraestrutura, energia, água e gás são indicadas por analistas

Foto: Pixabay
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O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), decidiu nesta quarta-feira (21) aumentar os juros básicos da economia americana em 0,75 ponto percentual, para o intervalo entre 3% e 3,25% ao ano. A decisão já aguardada pelo mercado financeiro eleva a taxa para o maior nível em 14 anos. Autoridades projetam juros nos EUA acima de 4,25% até o final do ano.

No entanto, seguindo adiante, segundo Jennie Li, estrategista de Ações da XP, a Bolsa brasileira não será muito afetada. “É claro também que o discurso pós publicação do ‘statement’ e as projeções econômicas são fatores que podem impactar positiva ou negativamente os mercados globais, dependendo do que o Fed indicar de movimentos daqui pra frente de política monetária”, diz Jennie.

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Com cenário macroeconômico mundial ainda incerto, mercados preocupados com a inflação em níveis recordes e juros subindo — o que pode levar a uma forte desaceleração das economias —, Jennie aconselha a não tomar muito risco.

Alexandre Espírito Santo, economista da Órama e professor do IBMEC-RJ, concorda. Com incertezas externas e internas, devido à eleição, recomenda investir em empresas defensivas pois avalia que elas sofrerão menos.

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“Nessa linha, coloco empresas de infraestrutura, que são de serviços essenciais e boas pagadoras de dividendos, como as mais aconselháveis. Nesse caso, temos os setores de energia, água e gás, por exemplo, que satisfazem essas características. Já empresas muito sensíveis à atividade tendem a oscilar mais e podem trazer desconforto ao investidor no curto prazo.”

João Pedote, sócio da Inove Investimentos, pondera que se o juros terminal para março do ano que vem finalizar abaixo de 4,5%, o mercado pode subir. Mas, se a expectativa for um fim de ciclo de alta acima de 5%, o comportamento pode ser oposto.

“No cenário otimista, poderemos ver alta no setor de tecnologia e consumo, com realização de banco e energia. Mas, se a taxa de juros (nos EUA) chegar a 5%, isso será muito ruim para o setor de tecnologia e de consumo, vendo fuga de capital para energia, utilities e até bancos”, conclui.

Com informações do site do jornal O Globo

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