Uma aliança de petróleo liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia concordou com o aumento planejado na produção de petróleo, disseram seus delegados nesta quarta-feira (2), apesar dos preços subirem para níveis não vistos em mais de oito anos em meio a preocupações com a oferta após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e seus aliados liderados pela Rússia decidiram aumentar sua produção coletiva em mais 400 mil barris por dia em abril, em linha com o que o cartel, chamado Opep+, concordou no ano passado como parte de um acordo plano para aumentar a produção para níveis pré-pandemia.
A decisão da Opep+ ocorre um dia depois que os EUA e outros grandes países consumidores de petróleo afirmarem que liberarão 60 milhões de barris de petróleo de seus estoques de emergência na tentativa de domar os preços do petróleo em alta.
Os preços do petróleo subiram acentuadamente nos últimos meses, alimentando a inflação em todo o mundo, em parte porque vários membros da Opep+ não conseguiram atender sua parcela de produção à medida que a demanda global aumentou. Os preços chegaram a mais de US$ 110 pela primeira vez desde 2014, quando as refinarias se recusaram a comprar petróleo russo, levantando preocupações sobre o fornecimento global de energia.
Após a informação ser divulgada, os contratos futuros do Brent, a referência global, para maio seguiram em alta de 6,77%, a US$ 112,08 o barril, enquanto o WTI, a referência americana, subia 6,60%, a 110,24 o barril.
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