Parlamento da Ucrânia aprova estado de emergência nacional

O estado de emergência permitirá que o presidente do país, Volodimir Zelensky, crie comissões especiais compostas pelo governo central e autoridades regionais para implementar medidas adicionais de segurança em todo o território nacional

Paisagem de Kiev, na Ucrânia (Foto: Silver Ringvee/Unsplash)
Paisagem de Kiev, na Ucrânia (Foto: Silver Ringvee/Unsplash)

O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta quarta-feira o estado de emergência proposto pelo governo após a Rússia reconhecer a independência de áreas controladas por separatistas no leste do país.

A votação ocorreu após o governo da Ucrânia ter ordenado a mobilização de reservistas, para se preparar para uma possível invasão da Rússia, e recomendar que cidadãos ucranianos deixem imediatamente o território do país vizinho.

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O estado de emergência permitirá que o presidente do país, Volodimir Zelensky, crie comissões especiais compostas pelo governo central e autoridades regionais para implementar medidas adicionais de segurança em todo o território nacional.

A medida foi autorizada anteriormente pelo Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia. Medidas mais rígidas de segurança devem ser implementadas nas áreas que fazem fronteira com as regiões separatistas, com a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, e com a própria Rússia.

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O texto aprovado hoje também proíbe “materiais informacionais que possam desestabilizar a situação no país” e dá a Zelensky o poder de impor restrições mais amplas, como toques de recolher.

Putin reconheceu a independência das províncias de Donetsk e Luhansk, controladas por separatistas pró-Moscou, e recebeu sinal verde do Parlamento russo para mover tropas para as duas regiões. Moscou também começou hoje a evacuar sua embaixada em Kiev, citando ameaças aos diplomatas feitas por ucranianos.

Mais cedo, após uma reunião com os líderes da Polônia e da Lituânia, Zelensky acusou militares russos de usarem uniformes dos separatistas para entrar nas províncias de Donetsk e Luhansk. “Ainda não é um ato de agressão à Ucrânia e a sua soberania, mas a presença de militares russos na região está sendo escondida por trás de uniformes separatistas”, disse ele.

Os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e outros países responderam às mais recentes ações de Putin com sanções econômicas. Na tarde de hoje, o presidente americano, Joe Biden, autorizou novas medidas contra a empresa responsável pelo gasoduto Nord Stream 2, construído para levar gás natural da Rússia diretamente à Alemanha.

Já a UE aprovou um pacote de medidas anunciado ontem, que inclui sanções contra pessoas do alto escalão do governo russo, como o chefe de gabinete de Putin, Anton Vaino, e contra instituições financeiras do país.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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