Paulo Guedes ‘explica’ as situações em que o teto de gastos pode ser violado

'Não vamos morrer por princípio de austeridade', afirmou o ministro em evento

Foto: Foto: Alan Santos/Presidência
Foto: Foto: Alan Santos/Presidência

O ministro de Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que todas as despesas, inclusive as relacionadas à ampliação do Auxílio Brasil, estão sendo feitas dentro da responsabilidade fiscal. Segundo ele, não há desarranjo no sistema fiscal brasileiro. “Toda vez que tiver uma guerra ou pandemia, o teto é retrátil, o teto levanta. E ajudamos os brasileiros.” No ano da pandemia, diz o ministro, os gastos foram de 26% do PIB, mas no ano seguinte houve redução para 18% do PIB. “Não é dogma, não vamos morrer por princípio de austeridade.”

A pandemia da covid-19, diz ele, mostrou profundo grau de desigualdades atacado nos governos anteriores de forma tímida. Por isso, disse, Bolsa Família de R$ 180 mensais, mencionou, foi ampliado para R$ 400. Mas, argumentou, veio a guerra e a pressão dos preços dos alimentos elevaram a vulnerabilidade da população. O benefício de R$ 600, defendeu, é uma camada de proteção lançada para os mais frágeis.

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O programa social, disse ele, está absolutamente dentro dos cânones da responsabilidade fiscal. “Vocês violaram o teto? Sim, violamos o teto. O teto é para impedir o crescimento [de gastos] do governo, queremos reduzir o peso do governo. Veio uma doença e estou dando auxílio aos mais frágeis ou enquanto a guerra esta aí. Não estou fazendo o governo crescer e está estritamente dentro das receitas extraordinárias não orçadas”, disse ele, citando o financiamento pelos dividendos pagos à União pelas estatais.

Segundo Guedes, o Brasil está em crescimento ascendente, com empregos aumentando e inflação caindo, no “início de longo ciclo de crescimento enquanto economias mais avançadas estão no final de um longo ciclo.”

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O ministro também destacou medidas tomadas ao longo do governo de Jair Bolsonaro, como a reforma previdenciária e definição de marcos regulatórios em áreas como saneamento, 5G, aeroportos e ferrovias, e aproveitou para elogiar o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, atual candidado ao governo de São Paulo.

Segundo Guedes, as iniciativas ligadas à privatização devem gerar ao país total R$ 890 bilhões de investimentos já contratados nos próximos dez anos. Os cerca de R$ 80 bilhões ao ano, destacou, é “dez vezes o que um superministro gastou este ano”, citou. “O ministro Tarcísio, extraordinário. Não sei se posso falar, mas vocês estão de repente próximos de ter um excepcional governador.”

As declarações foram dadas em evento online sobre investimentos promovido pela XP.

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