Pesou no bolso: itens reajustados pela Petrobras responderam por mais de um terço da inflação em março
Gasolina, óleo diesel, gás de botijão e gás veicular representaram 0,56 ponto percentual do IPCA no mês
Mais de um terço (34,5%) da alta de 1,62% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março veio dos itens que sofreram reajuste de preços da Petrobras nas refinarias para as distribuidoras, segundo as informações divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntos, gasolina, óleo diesel, gás de botijão e gás veicular representaram 0,56 ponto percentual (p.p.) do IPCA de março.
O maior impacto veio da gasolina, que teve alta de 6,95% e respondeu por 0,44 ponto percentual do índice. Em seguida, veio o gás de botijão, com variação de 6,57% e impacto de 0,09 ponto percentual. Já o preço do óleo diesel subiu 13,65%, com influência de 0,03 ponto percentual. Por último, foi o gás veicular (alta de 5,29%), com impacto de apenas 0,004 ponto percentual. Isso porque o subitem só tem representatividade no Rio de Janeiro e no Ceará, onde é mais consumido.
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O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, alerta, no entanto, que o impacto desses reajustes vai além desses subitens, já que se espalham por outros produtos comercializados. Embora não seja possível especificar todos, diz ele, é claro que há um espalhamento desses reajustes na economia como um todo.
“O etanol, por exemplo, acaba acompanhando a alta da gasolina, por ser um substituto. Mas o custo do frete acaba afetando todos os produtos comercializados. Afeta a economia como um todo”, explica.
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Entre os demais itens citados por ele estão transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%), etanol (3,02%) e conserto de automóvel (1,47%).