Petrobras: nova diretoria não reduz incertezas, avalia Credit Suisse

Analistas do banco consideram que o governo deve realizar mudanças na estratégia de longo prazo da estatal

Foto: Diego Vara/Reuters
Foto: Diego Vara/Reuters

As escolhas de Jean Paul Prates para compor a diretoria executiva da Petrobras (PETR3; PETR4) não reduzem as incertezas em torno das estratégias de alocação de capital, preços e dividendos da companhia, diz o Credit Suisse.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que a empresa vem sendo bem gerida desde o escândalo da Operação Lava Jato, em 2015, mesmo com mudanças constantes na diretoria e sofrendo interferências internas e externas.

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“Ao longo dos últimos anos, a Petrobras reduziu sua alavancagem, recalibrou o foco (com planos estratégicos robustos) e se tornou uma empresa bastante lucrativa”, comentam.

O banco espera algum grau de continuidade nas estratégias da nova diretoria, mas destaca que o governo deve realizar também mudanças no conselho de administração da Petrobras, responsável pela estratégia de longo prazo, nos próximos meses.

Na última semana, o diretor-presidente da Petrobra indicou Sergio Caetano Leite para o cargo de diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores da companhia.

O Credit Suisse tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 16 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 41,9% sobre o fechamento de terça-feira (21).

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