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Petrobras sobe preço da gasolina em R$ 0,23 nas refinarias; importadores esperavam alta maior
A Petrobras informou nesta terça-feira (24) que vai subir o preço da gasolina vendida às distribuidoras a partir de quarta (25). O valor do litro passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro, ou alta de 7,46%. Os preços cobrados nos demais combustíveis não serão alterados.
O último reajuste da gasolina nas refinarias havia sido realizado pela petroleira em dezembro, com redução de 6,1%.
Em nota, a empresa disse que o aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da companhia” “Que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
Diesel também pode ficar mais caro?
O reajuste anunciado pela Petrobras ficou abaixo do esperado, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. O executivo afirma que a estatal estava há 49 dias sem alterar os preços e que, desde então, houve um aumento equivalente a R$ 0,61 no preço médio da gasolina no mercado internacional.
A Abicom indicava que a gasolina vendida pela Petrobras estava abaixo dos preços internacionais há 13 dias. Segundo a associação, na manhã de hoje, antes do anúncio, a gasolina era vendida R$ 0,55 abaixo dos preços internacionais, por isso, o reajuste precisaria ter sido de 15% para atingir a paridade com as cotações internacionais.
Araújo afirma que, com isso, as importações por operadoras independentes seguem inviabilizadas.
Segundo ele, também é necessário que ocorra um reajuste no preço do diesel, que é vendido a R$ 4,49 por litro desde 7 de dezembro. Na manhã de hoje, de acordo com os cálculos da Abicom, o preço estava 9% abaixo das cotações internacionais e, por isso, esse combustível precisaria de um aumento médio de R$ 0,45 por litro.
“Na nossa visão, existe uma tendência de que o preço do diesel continue elevado no mercado internacional, então esperamos também um reajuste no diesel [da Petrobras] nos próximos dias”, diz.
Araújo ressalta que a estatal precisa continuar a seguir preços alinhados ao mercado internacional para viabilizar a atuação de outras empresas no setor. A política de paridade com o exterior é alvo de críticas do governo.
“Acreditamos que a nova gestão da Petrobras não vai deixar de acompanhar a precificação das commodities com base no valor de mercado. É necessário encontrar alguma solução para atender as demandas sociais, mas não por meio de controle de preços. Deve ser encontrado um outro mecanismo, que não prejudique a empresa e os demais produtores de derivados”, afirma o presidente da Abicom.
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