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Petróleo apaga alta, mas barril segue próximo a US$ 120
Os preços do petróleo apagaram a alta exibida logo cedo e passaram a ser exibir um ligeiro viés de baixa, porém sem forças para definir a direção no campo negativo. Ainda assim, o barril de referência dos Estados Unidos (WTI) e global (Brent) seguem cotados próximo à faixa de US$ 120, nos níveis mais elevados em cerca de três meses, com os investidores analisando as condições de oferta e demanda no mercado.
Às 9h45, o contrato futuro para agosto do tipo Brent, a referência internacional, caía 0,38%, a US$ 119,30 o barril; o contrato para julho do tipo WTI, a referência nos Estados Unidos, tinha queda de 0,34%, a US$ 118,47 o barril.
Para Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, havia “alguma surpresa” no comportamento do petróleo nesta manhã, com os preços permanecendo firmes, apesar das promessas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar a produção para 648 mil barris por dia de petróleo em julho e agosto, acima dos 432 mil por dia nos últimos meses.
No entanto, o mercado continua a duvidar da capacidade do grupo de atender à demanda, já que vários países membros lutam para elevar a produção, em um momento em que a demanda tende a aumentar devido à temporada de verão nos EUA e na Europa, e à medida que a China afrouxa as medidas de bloqueio à atividade relacionadas à pandemia.
“Enquanto os mercados financeiros continuam obcecados com o rumo das taxas de juros e o aperto quantitativo, o petróleo é o maior problema no momento, até porque os bancos centrais não podem imprimir petróleo, então qualquer influência que dos BCs é limitada à demanda, não à oferta”, observa Mould, da AJ Bell.
A subida recente nos preços do petróleo mantém os investidores apreensivos em relação à inflação e a resposta a ser dada pelo Federal Reserve. “A lembrança do forte relatório de emprego nos Estados Unidos na sexta-feira significa que os investidores terão poucas razões para esperar que Fed pare os esforços de restrição [da política monetária] em um futuro próximo”, dizem os analistas do IG em nota.
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