Petróleo fecha em alta após estoques nos EUA, mas não apaga perdas dos últimos dois dias
Mesmo com os ganhos de hoje, ambas as referências do petróleo ainda acumulam perdas de cerca de 5,5% na semana
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, revertendo parte das fortes quedas anotadas nas duas sessões anteriores, recebendo suporte de dados que indicaram uma queda nos estoques americanos da commodity. Os investidores aguardam também a reunião de amanhã da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O contrato do petróleo Brent para junho – a referência global da commodity – fechou em alta de 3,46%, a US$ 111,44 por barril, enquanto o do WTI americano para maio subiu 3,43%, a US$ 107,82 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava há pouco em queda de 0,60%, a 97,814 pontos.
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Os preços do petróleo anotaram forte queda nas duas primeiras sessões da semana, com os sinais de progresso nas negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia aliviando as pressões altistas das últimas semanas, em meio aos temores sobre o efeito da guerra sobre a oferta global de energia. Mesmo com os ganhos de hoje, ambas as referências do petróleo ainda acumulam perdas de cerca de 5,5% na semana.
“Sejam as negiações de paz reais ou não, a verdade é que temos um mercado global que enfrenta escassez de oferta, independentemente [da invasão da Ucrânia]”, disse Phil Flynn, analista sênior de mercado do Price Futures Group, à “Dow Jones Newswires”.
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Os dados de estoques americanos do petróleo ajudaram também a dar suporte aos preços do petróleo, depois de indicarem queda de 3,449 milhões de barris na semana passada, contra expectativa de redução de apenas 1 milhão de unidades no período, de acordo com os analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”
Os investidores aguardam agora a reunião de amanhã da Opep+, mas autoridades de países integrantes do cartel já sinalizaram que o grupo não deve alterar os planos de elevar a produção em 400 mil barris por dia em resposta às sanções contra a Rússia.