Petróleo fecha em alta com impacto da invasão na Ucrânia; semana é de perdas
Os preços do petróleo dispararam no começo do mês, mas nas últimas duas semanas, porém, acumularam perdas
Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta sexta-feira em alta, mas anotaram a segunda queda semanal consecutiva, depois de baterem novas máximas de 14 anos na segunda-feira da semana passada, com os investidores avaliando os impactos da invasão da Ucrânia sobre a oferta da commodity.
O contrato do petróleo Brent para junho – a referência global da commodity – fechou a sessão em alta de 1,45%, a US$ 105,07 por barril, mas fechou a semana com queda acumulada de 3,3%. O contrato do petróleo americano WTI para maio subiu 1,34% na sessão, mas caiu 3,9% na semana, a US$ 103,02 por barril.
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Os preços do petróleo dispararam no começo do mês, em meio aos temores relacionados à invasão da Ucrânia e ao impacto de sanções do Ocidente sobre o mercado global da commodity. Nas últimas duas semanas, porém, os preços recuaram das máximas da segunda-feira da semana passada, quando o Brent chegou a operar brevemente acima dos US$ 139 por barril, conforme a perspectiva de proibições à importação de petróleo russo se afasta.
O presidente americano, Joe Biden alertou hoje a sua contraparte chinesa, Xi Jinping, que Pequim poderá sofrer “consequências” caso forneça apoio “material” à Rússia na invasão da Ucrânia. A conversa, porém, teve um impacto contido sobre os mercados financeiros.
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Além da conversa entre os líderes dos EUA e da China, hoje também o jornal britânico “Financial Times” afirmou que um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da China se reuniu com o embaixador russo Andrey Denisov, para discutir a cooperação no setor de segurança entre os dois países.
Pela manhã a China também enviou um porta-aviões ao Estreito de Taiwan, em uma demonstração de força. A China reivindica Taiwan como parte de seu território e já ameaçou tomá-la a força se as autoridades da ilha se recusarem a se submeter ao controle de Pequim.
O petróleo chegou a operar em queda mais cedo, depois que o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira que o mundo pode diminuir a escassez de petróleo causada pela invasão russa na Ucrânia restringindo a forma como as pessoas usam seus carros e acelerando a transformação das cidades dominadas pelo automóvel.
A agência sediada em Paris estima que as economias avançadas podem reduzir a demanda diária de petróleo em 2,7 milhões de barris em quatro meses, seguindo um plano de 10 etapas. “Isso aliviaria significativamente as tensões de oferta iminentes, praticamente quase compensando a perda de 3 milhões de barris por dia da produção russa que a agência antecipa para abril”, afirmou Birol.
(Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.)