O petróleo encerrou a sessão desta sexta-feira (11) em alta de mais de 3% diante da escalada das tensões na Ucrânia, envolvendo Rússia e países do Ocidente. Com o avanço de hoje, a commodity apagou as perdas acumuladas na semana e terminou o período em terreno positivo.
Os preços dos contratos para abril do Brent, a referência global, terminaram o dia em alta de 3,31%, a US$ 94,44 por barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para março do WTI, a referência americana, subiram 3,58%, a US$ 93,10 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Na semana, o petróleo acumulou ganhos, com o Brent avançando 1,25% e o WTI crescendo 0,85%.
Nesta sexta, o assessor de segurança nacional Jake Sullivan disse a repórteres na Casa Branca que Moscou está em posição para executar “uma grande ação militar”. Ele disse que os EUA não estão dizendo que Putin tomou uma decisão final sobre um ataque, mas ainda defende que os americanos na Ucrânia deveriam sair do país nas próximas 48 horas.
Após o pedido do presidente Joe Biden, na noite de ontem, para que os americanos “deixem imediatamente” a Ucrânia, outros países, incluindo o Reino Unido, Japão, Noruega, Holanda, Coreia do Sul e Letônia também emitiram alertas semelhantes. Os EUA disseram, porém, que não conduzirão uma operação militar para retirar os americanos do país.
“Os preços do petróleo subiram após relatos de que os EUA esperam que os russos avancem com a invasão da Ucrânia. Isso não era esperado considerando alguns comentários construtivos durante a semana”, escreveu Edward Moya, analista da Oanda, em nota. “Se os relatos da PBS [rede de televisão] estiverem corretos e o movimento das tropas acontecer, o petróleo Brent não terá problemas para subir acima do nível de US$ 100.”
Com informações do Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico