Petróleo fecha em alta, mas modera ganhos depois de se aproximar dos US$ 140 por barril

Contrato de referência subiu 4,31%, para US$ 123,21

(Foto: Grant Durr/Unsplash)
(Foto: Grant Durr/Unsplash)

Os contratos futuros do petróleo fecharam mais uma sessão de forte alta, mas moderaram bastante os ganhos em relação às máximas intradiárias, quando chegaram a flertar com o nível dos US$ 140 por barril, em meio aos temores sobre possíveis sanções às exportações russas da commodity.

Depois de tocar os US$ 139,13 por barril, o contrato do petróleo Brent para maio – a referência global da commodity – moderou os ganhos e fechou em alta de 4,31%, a US$ 123,21 por barril na ICE, em Londres. Já a referência americana, o WTI para abril, subiu 3,21%, a US$ 119,40 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York, depois de tocar os 133,46 por barril, mais cedo.

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Os preços do petróleo acumulam ganhos de cerca de 60% em 2022 e de 25% apenas neste começo de mês de março, com os investidores esperando sanções do Ocidente contra as importações do petróleo russo, conforme o país continua a sustentar a invasão da Ucrânia.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reiterou hoje que a possibilidade de sanções contra as importações russas de petróleo “ainda estão na mesa”, enquanto o Congresso americano discute barrar não apenas as importações de petróleo, como também tarifar pesadamente outros produtos russos.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um grupo de aliados liderado pela Rússia não deram nenhuma sinalização de que pretendem ampliar a produção da commodity para suprir um potencial corte da oferta russa da commodity ao Ocidente.

Eles dizem que, embora os preços tenham subido devido a preocupações com a oferta, não houve nenhuma interrupção significativa na Rússia até agora. “No que diz respeito à Opep, há um equilíbrio entre demanda e oferta”, disse um representante do grupo nesta segunda-feira.

Alguns representantes de países da Opep disseram que é improvável que a Rússia aprove quaisquer aumentos adicionais da oferta, pois se beneficia politicamente dos preços mais altos do petróleo, o que poderia impedir os EUA de impor sanções que atingiriam o setor de energia de Moscou.

(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)

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