Petróleo fecha em queda acentuada com dados de estoques nos EUA

As quedas nos preços se acentuaram com a notícia de que os EUA e aliados planejam liberar cerca de 120 milhões de barris adicionais de suas reservas

Foto: Unsplash
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Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão de hoje em forte queda, pressionados pelos dados de estoques de petróleo nos EUA e pela perspectiva de liberação das reservas estratégicas da commodity dos EUA e de países da Agência Internacional de Energia (AIE).

O contrato do petróleo Brent para junho – a referência global da commodity – fechou a sessão em queda de 5,22%, a US$ 101,07 por barril, enquanto o do petróleo WTI americano para maio recuou 5,62%, a US$ 96,23 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava há pouco em alta de 0,11%, a 99,577 pontos.

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Ambas as referências do petróleo operavam em leve alta no começo do dia, mas apagaram os ganhos depois da divulgação dos dados de estoques da commodity nos EUA, que indicaram um aumento inesperado das reservas na semana passada.

De acordo com dados divulgados mais cedo pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), os estoques americanos de petróleo subiram 2,421 milhões de barris na semana passada, contrariando a expectativa dos analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de redução de 1,6 milhão de unidades no período.

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As quedas nos preços se acentuaram, porém, com a notícia de que os EUA e aliados da AIE planejam liberar cerca de 120 milhões de barris adicionais de petróleo de suas reservas, de acordo com autoridades familiarizadas com o assunto. 60 milhões do montante total viriam das reservas estratégicas americanas e os 60 milhões restantes viriam dos 30 outros países que compõem a AIE com os EUA.

Isso deixa cerca de 60 milhões de barris de petróleo adicionais que chegarão ao mercado por causa da decisão da AIE, que deve ser anunciada até o fim da semana. Esses barris devem ser lançados ao longo de seis meses para acompanhar a programação dos EUA, disse um funcionário. As nações da AIE anunciaram em 1º de março a liberação de 60 milhões de barris –incluindo 30 milhões de barris dos EUA– no que foi então a maior liberação de reservas da agência.

Autoridades ocidentais esperam que as liberações amparem suas economias, já que muitos países estão parando de comprar petróleo da Rússia, o segundo maior exportador de petróleo bruto do mundo e o terceiro maior produtor. Os EUA já impuseram sanções às importações de petróleo da Rússia, enquanto os países europeus estão debatendo se devem fazê-lo também. A Europa depende de Moscou para cerca de um quarto de suas importações de petróleo.

Analistas estão céticos se as liberações de reservas reduzirão os preços por muito tempo. Colocar o petróleo armazenado no mercado às vezes pode aumentar os preços mais tarde, quando os países compram petróleo para reabastecer seus estoques, disseram eles.

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