Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta quarta-feira em forte queda. A referência global da commodity, o Brent, registrou a sua maior queda diária em quase dois anos. O recuo segue na sequência do fechamento mais elevado para os preços do petróleo desde 2008. Os investidores demonstrando alívio depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sinalizou que poderia abrir mão de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O contrato do petróleo Brent para maio fechou em queda de 13,15%, a US$ 111,14 por barril hoje, anotando um recuo mais acentuado desde abril de 2020, quando os temores sobre a destruição da demanda causada pela pandemia de covid-19 derreteu os preços da commodity. O contrato do WTI para abril, por sua vez, caiu 12,12%, a US$ 108,70 por barril, anotando a maior queda diária desde novembro o ano passado.
Mesmo com as quedas de hoje, no entanto, ambas as referências do petróleo seguem nas máximas desde 2008, depois de dispararem nas últimas semanas, em meio aos temores em torno das sanções contra a Rússia. Ontem, os EUA e o Reino Unido anunciaram a proibição de importações de petróleo russo, alimentando os temores.
A pressão altista recebeu algum alívio depois que Zlensky disse, em entrevista à “ABC News” na noite de segunda-feira, que pode abrir mão de uma adesão à Otan, o que poderia ajudar as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia a progredir.
Gás natural cai 30%, seguindo queda do preço do petróleo
Os preços do gás natural negociados na Europa registraram forte queda hoje acompanhando o petróleo. O gás TTF negociado na Holanda e referência para a Europa caiu 30%, com o vencimento abril fechando a 149,50 euros por megawatt-hora, cerca de 100 euros menor que o registrado no início da semana.