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PIB cresce 1% no 1º trimestre, impulsionado pelo setor de serviços
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta quinta-feira (2). O PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,249 trilhões.
A elevação de 1% no primeiro trimestre ficou ligeiramente aquém das expectativas dos especialistas, que apostavam em uma alta de 1,2%.
O avanço é o terceiro consecutivo depois do recuo de 0,2% no segundo trimestre de 2021. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, o PIB está 1,6% acima do patamar do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014.
O crescimento da economia entre janeiro e março deste ano foi puxado pela alta nos serviços (1%), que representam 70% do PIB do país. Serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação, foram destaque no setor, com alta de 2,2%, pois muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Dentro dos serviços, o grupo transporte, armazenagem e correio também teve destaque, com elevação de 2,1%. “Houve aumento do transporte de cargas relacionado ao crescimento do e-commerce no país nesse período, e do de passageiros, principalmente pelo aumento das viagens aéreas, outra demanda represada na pandemia”, diz a pesquisadora.
A agropecuária recuou 0,9% no primeiro trimestre deste ano ante o quarto de 2021 devido principalmente à estiagem no Sul, que causou uma diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira, de acordo com o IBGE.
A indústria cresceu apenas 0,1%, porcentagem que significa estabilidade. O maior avanço nas atividades industriais veio de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 6,6%, e a única queda foi das indústrias extrativas, de 3,4%. “Essa atividade puxou o resultado para baixo, e sua queda se deve especialmente à produção de minério de ferro, que caiu bastante. Como a indústria da transformação teve alta de 1,4%, por causa de seu peso no grupo conseguiu equilibrar o resultado ficou mais equilibrado”, afirma Palis.
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