Planalto busca solução ‘dentro de casa’ para a sucessão na Petrobras

Dois diretores da Petrobras entram na lista de apostas para a estatal

Sede da Petrobras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Sede da Petrobras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo federal enfrenta dificuldades para encontrar no mercado candidatos para a presidência e o conselho de administração da Petrobras. Já se cogita adiar a votação da nova composição da direção da empresa. A reunião para votação dos novos nomes está marcada para quarta-feira, dia 13. Ontem, o Palácio do Planalto recebeu a negativa do ex-presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo) Décio Oddone, sondado para a presidência da estatal.

Com isso, acelerou a procura para os postos vagos em seus quadros internos. Dois novos nomes, de executivos da estatal, surgiram para emplacar nos cargos vagos pela desistência de Rodolfo Landim e Adriano Pires.

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Ambos são diretores da estatal e ascenderam aos cargos que ocupam hoje por designação do atual presidente, Joaquim Silva e Luna. Rafael Chaves Santos teve seu nome aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras em 11 de novembro para comandar a Diretoria Executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da estatal.

Santos passou pelo Banco Central, foi executivo da Vale e chegou à estatal como gerente executivo de estratégia em 2019. Foi indicado para a Petrobras pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas caiu nas graças do general Silva e Luna.

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Já Fernando Borges é um funcionário de carreira com 38 anos de Petrobras. Ocupa a estratégica função de diretor-executivo de Exploração e Produção, já tendo ocupado a gerência executiva do poço em Libra (no litoral do Rio) e a direção da Associação Brasileira de Empresas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás (Abep) por indicação da estatal. Por ser funcionário de carreira, tem melhor trânsito na estatal que Chaves. Ambos contariam com apoio de Silva e Luna e de Guedes.

Secretário de Guedes não atende critérios da Lei das Estatais

Caio Mario Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização, no Ministério da Economia, foi cogitado para o comando da estatal. No entanto, suas credenciais não atendem, segundo a coluna de Malu Gaspar em O Globo, critérios estabelecidos pela Lei das Estatais para assumir o cargo. Esses requisitos constam no  artigo 17 da legislação, que estabelece:

  • Se o indicado não tiver dez anos comprovados de experiência em empresas públicas ou de economia mista no setor de atuação da Petrobras, poderia, em vez disso, ter no currículo quatro anos de atuação como diretor da companhia que irá comandar, em cargos comissionados de alta hierarquia no Executivo federal. Outra possibilidade é ter ocupado cargos de docência ou pesquisa em setores similares aos da Petrobras.
  • O outro requisito inclui ter quatro anos de experiência como profissional liberal em áreas direta ou indiretamente ligadas à petroleira.

Paes de Andrade não tem esses pontos no currículo, de acordo com a Lei da Estatais, elaborada durante o governo Michel Temer.

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