Plano econômico recusado foi peça-chave para a queda de Liz Truss; entenda
Seu plano para a economia previa um corte amplo e severo de impostos no país
A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (20). Após conversa com um dos responsáveis pelas eleições internas do Partido Conservador, Truss fez um discurso do lado de fora da sede do governo e anunciou sua saída.
O governo dela foi conturbado e repleto de dificuldades. Sua instabilidade, em grande parte, foi fruto dos diversos problemas econômicos gerados pelo planejamento apresentado pela premiê para um corte amplo e severo de impostos no país e, em paralelo, um empréstimo bilionário para cobrir o rombo nas contas públicas.
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Morte da Rainha Elizabeth II
Apenas dois dias depois de passar pela cerimônia de posse ao lado da Rainha Elizabeth II, a monarca morreu e o país viveu um longo período de 10 dias de luto.
Novo plano econômico
Após esse período, o à época ministro das Finanças de Truss, Kwasi Kwarteng, apresentou um “mini-orçamento” que incluia 45 bilhões de libras (R$ 265 bilhões) de cortes de impostos não financiados e enormes aumentos nos empréstimos do governo, enviando libras esterlinas e títulos do governo britânico em queda livre.
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Por conta disso, o Banco da Inglaterra procurou conter a tempestade nos mercados de títulos da Grã-Bretanha, dizendo que compraria o máximo de dívidas do governo necessárias para restaurar a ordem.
Confiança no plano
Mesmo com esse contexto, Truss disse estar preparada para tomar decisões controversas e difíceis para fazer a economia crescer. Entretanto, volta atrás quando encara a oposição de muitos de seus próprios legisladores do Partido Conservador.
Apesar da repressão, o governo disse que não iria reverter seus grandes cortes de impostos ou reduzirá os gastos públicos.
Renúncia de ministros
A situação levou à renúncia do então ministro das Finanças e a convocação de Jeremy Hunt para substituí-lo. O novo ministro da Finanças decidiu refazer por completo o plano econômico.
Na ocasião Truss também anuncia que o imposto corporativo aumentará para 25%, revertendo um plano anterior de congelá-lo em 19%, e diz que os gastos públicos terão que crescer menos rapidamente do que o planejado anteriormente.
Menos de uma semana depois, Truss perde a ministra do Interior, Suella Braverman, que renunciou após quebrar as regras ao enviar um documento oficial de seu e-mail pessoal.