O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que os integrantes do BC americano pretendem elevar a meta da sua taxa de juros de referência na reunião que será concluída no dia 16 de março, reiterando que eles precisam ser “ágeis” na condução da política monetária.
A afirmação consta de comentários preparados para o seu depoimento semestral ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, logo mais.
“Nós encerramos as compras líquidas de ativos. Com a inflação bem acima dos 2% e um mercado de trabalho forte, esperamos que será apropriado elevar a meta para a taxa de juros dos Fed Funds na nossa reunião deste mês”, disse Powell, que não deu indicações sobre o tamanho da elevação dos juros.
Powell também não forneceu muitos detalhes sobre a redução do amplo balanço de ativos do BC americano, se limitando a confirmar que ela só começará depois da primeira elevação dos juros.
“A taxa dos Federal Funds é a nossa maneira primária de ajustar a nossa postura de política monetária. A redução do nosso balanço de ativos começará depois que o processo de elevação dos juros já tiver começado e procederá de maneira previsível, primariamente por meio de ajustes nos reinvestimentos” de ativos vencidos, disse.
Powell disse também que os efeitos no curto prazo da invasão russa na Ucrânia e das sanções permanecem bastante incertos, e que “conduzir a política monetária de maneira apropriada neste cenário exige o reconhecimento de que a economia evoluiu de maneiras inesperadas”.
O presidente do Fed disse também que o mercado de trabalho americano está “extremamente apertado”, apontando a criação de 6,7 milhões de vagas de trabalho em 2021 e ganhos robustos também em janeiro. Já a inflação segue bem acima da meta de longo prazo de 2% do BC americano, com a demanda permanecendo forte, enquanto os problemas com a oferta se mostram maiores e mais duradouros do que se esperava.
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