Powell diz em Jackson Hole que Fed precisa elevar juros mesmo com prejuízo à economia americana

O aperto monetário deve continuar até que a autoridade monetária esteja confiante de que a inflação está sob controle

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Foto: Reprodução/Twitter/@federalreserve
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Foto: Reprodução/Twitter/@federalreserve

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que o BC americano precisa continuar a elevar os juros de forma “inevitável e rápida” a níveis restritivos e mantê-los elevados até que ele esteja confiante de que a inflação está sob controle, mesmo que isso prejudique a economia e o mercado de trabalho americano.

Powell abriu o discurso de abertura do Simpósio Econômico de Jackson Hole dizendo que “o foco do [Fed] agora é reduzir a inflação de volta à nossa meta de 2%”, e complementou posteriormente o comentário dizendo que “está claro agora que a nossa meta de estabilidade de preços é incondicional”. Ele reconheceu também que restaurar esta estabilidade é um processo que demandará tempo e ações decisivas do Fed para moderar a demanda por bens e serviços nos EUA.

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Ele admitiu que, embora estes esforços sejam necessários para reduzir a inflação, “eles também trarão algumas dores para as famílias e as empresas. Estes são os custos que infelizmente são necessários para reduzir a inflação. Mas se falharmos em restaurar a estabilidade de preços, isso significaria uma dor muito maior”.

Powell disse que estes esforços provavelmente causarão um enfraquecimento do mercado de trabalho americano, mas disse que a economia, embora em desaceleração, ainda tem um forte fôlego subjacente. O mercado de trabalho está “especialmente forte, mas desequilibrado”, em relação à oferta e à demanda por mão-de-obra.

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O presidente do Fed disse que a inflação mais baixa em julho “é bem-vinda, mas insuficiente” para permitir que o Fed reduza o ritmo de aperto monetário do país. Ele disse que, em algum momento, o Fed será capaz de reduzir o ritmo de altas de juros, mas esclareceu que isso não acontecerá antes que o BC americano veja sinais claros de que a inflação está seguindo em direção à meta de 2%. “O movimento de juros de setembro dependerá da totalidade dos dados econômicos”, esclareceu.

O banqueiro central disse que as expectativas de inflação de longo prazo permanecem “bem ancoradas” ou, em outras palavras, não se firmara ainda em um nível mais elevado após os últimos meses de disparada dos preços, complementando que é a responsabilidade principal dos bancos centrais é de reduzir a inflação.

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