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Powell prevê que mais bancos vão quebrar nos EUA em meio a problemas no setor imobiliário
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse nesta quinta-feira (7) esperar mais quebras de bancos dos Estados Unidos à frente, como resultado das turbulências no mercado imobiliário comercial (CRE, na sigla em inglês).
Em audiência no Senado dos EUA, Powell ponderou que o problema não está nos bancos grandes, que têm exposição mais limitada a esse setor.
Powell lembrou que dinâmicas relativas à pandemia reduziram o uso de prédios em centros comerciais norte-americanos, muitos dos quais têm empréstimos ativos com os bancos.
Segundo ele, o Fed está em contato direto com as instituições bancárias com atuação elevada nesse segmento e também com aqueles que têm uma base alta de depósitos sem a proteção de seguro.
Atividade econômica
No mesmo discurso, Powell reforçou que a economia dos Estados Unidos cresce em ritmo “sustentável”, “sólido”, “forte” e “saudável”. Segundo ele, o país registra desempenho melhor que todas as outras grandes potências econômicas do globo.
Na audiência no Senado norte-americano, Powell também qualificou o mercado de trabalho dos EUA como forte e ressaltou que a inflação arrefeceu de maneira significativa no último ano.
Política monetária
O presidente do Federal Reserve disse que a autoridade monetária busca obter maior confiança de que a inflação nos EUA caminha de forma sustentável de volta à meta de 2% antes de decidir relaxar a política monetária.
Segundo ele, o Fed não está longe de chegar a esse nível de confiança e, se a economia do país evoluir conforme o previsto, será apropriado cortar juros.
Na audiência no Senado dos EUA, Powell ressaltou que a taxa básica está “bem restritiva” e qualificou a posição atual da política monetária como “correta”.
Política fiscal
Powell também negou que a política fiscal esteja em um ponto que sobrecarrega a monetária. Ainda assim, ele defendeu que o Congresso deve voltar a ter discussões sobre a retomada da sustentabilidade da dívida pública.
Moeda digital
O presidente do Federal Reserve ainda negou que a autoridade monetária esteja prestes a recomendar a emissão de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).
Na audiência no Senado norte-americano, Powell ressaltou que, se eventualmente o instrumento for adotado, o processo ocorrerá por meio do sistema bancário.
De acordo com ele, o modelo será diferente do implementado pela China, que controla a ferramenta através do governo. De qualquer forma, os EUA não estão nem “remotamente perto” de ter uma CBDC, segundo ele.
Com informações do Estadão Conteúdo
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