Powell reitera que é favorável à alta nos juros de 25 pontos-base em março

O presidente do Federal Reserve prestou depoimento nesta quinta ao Comitê Bancário do Senado dos EUA

Jerome Powell, o presidente do Fed, o banco central dos EUA (Foto: Fed/divulgação)
Jerome Powell, o presidente do Fed, o banco central dos EUA (Foto: Fed/divulgação)

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterou hoje que apoia uma elevação da taxa de juros nos Estados Unidos de 25 pontos-base na próxima reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), mas disse que a escala dos aumentos dependerá dos dados de inflação.

Prestando depoimento hoje ao Comitê Bancário do Senado dos EUA, Powell repetiu os comentários feitos ontem na Câmara dos Deputados, de que pretende apoiar uma elevação de 0,25 ponto percentual (pp) da meta de juros do Fed na reunião de março.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Ele disse também que o Fed deve começar a discutir o ritmo de redução do amplo balanço de ativos da autoridade monetária na reunião deste mês, mas indicou que uma decisão sobre a questão não deva ser finalizada em março. “A nossa visão é de que a taxa de juros é a ferramenta principal de política monetária, e o balanço de ativos é algo mais apropriado para emergências”, disse Powell.

Respondendo a uma questão apresentada a ele, Powell confirmou que o Fed está disposto a fazer “tudo o que for necessário” para controlar a disparada dos preços, reconhecendo também que uma inflação muito elevada por um longo período de tempo pode fazer com que as expectativas de inflação sigam em níveis mais elevados.

Powell disse, porém, que parte do motivo para a inflação elevada nos EUA é que a economia não tem a mão de obra de que precisa e que, para que a inflação volte a recuar à sua meta de 2%, é necessário também que a oferta de bens e serviços se recupere, dado que a autoridade monetária americana pode afetar primariamente o lado da demanda.

O banqueiro central disse que “é difícil saber quais serão os efeitos da invasão da Ucrânia sobre a oferta e a demanda” de bens e serviços nos EUA, mas confirmou que os preços do petróleo mais elevados e a crise na Ucrânia “claramente” empurrarão a inflação para cima no curto prazo. Ele disse, porém, que a “persistência” da alta dos preços é um fator chave para avaliar os choques dos preços de energia sobre a economia americana.

Ainda assim, Powell disse que o Fed precisa ser cauteloso com a política monetária em momentos de instabilidade e precisa permanecer “alerta e ágil” frente às incertezas geradas pela guerra.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Internacional


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS