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Preço da gasolina teria espaço para queda maior, avalia economista
A Petrobras tinha espaço para uma queda maior nos preços da gasolina nas refinarias da companhia, na avaliação da Ativa Investimentos. Segundo o economista-chefe da Ativa, Étore Sanchez, o corte poderia ser ainda maior, considerando que a diferença entre os mercados doméstico e internacional era de R$ 0,30 por litro.
Neste caso, a queda seria de 8,50%. Segundo Sanchez, ainda há espaço para mais uma redução de preços para a gasolina em breve, considerando que a cotação do barril do petróleo vem em queda nos últimos dias.
Para o analista, a iniciativa da Petrobras é “amplamente técnica”, sem relação com aspectos eleitorais.
No caso do óleo diesel, Sanchez também vê espaço para cortes nos preços, mas não acredita em anúncio pela estatal, uma vez que os preços do insumo no mercado interno estão, em média, 1% acima da paridade internacional.
Além disso, ressaltou, o produto possui uma sensibilidade muito elevada ao chamado “crack spread”, diferença entre a cotação do combustível frente ao barril de óleo cru.
Sanchez acredita ainda que a redução de preços pode ter algum efeito sobre as receitas da companhia, o que pode ser compensado pelo maior volume de vendas, visto que se tem maior competitividade.
Impacto na inflação
A Ativa reduziu ainda a perspectiva para o IPCA de setembro de 0,29% para 0,20%, considerando um repasse de 55% da queda do preço da gasolina desde o inicio da cadeia até o consumidor final – o que significaria um efeito de -3,85%. Para outubro, a perspectiva do IPCA recuou de 0,30% para 0,22%, com a redução do preço pela Petrobras. “Com isso no ano foi reduzido de 6,1% para 6,0%”, completou Sanchez.
O último reajuste nos preços da gasolina – de queda de 4,85% – ocorreu no dia 15 de agosto.
É o terceiro anúncio de queda de preços de seus derivados nesta semana e o quarto em menos de dez dias. Além da gasolina, a Petrobras divulgou na sexta-feira passada (26) queda de 10,4% preços de venda de Querosene de Aviação (QAV) para as distribuidoras.
Na segunda-feira, foi a vez da redução de 15,7% nos preços de venda de gasolina de aviação (GAV) para as distribuidoras. No dia seguinte, a estatal anunciou que reduziu em 6,4% preços de venda de asfaltos para os distribuidores.
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