Preços do petróleo bruto disparam com proibição dos EUA para o produto russo; ações asiáticas oscilam
Para analistas do mercado, as incertezas sobre a guerra Rússia-Ucrânia deixam os mercados voláteis e incapazes de avaliar o panorama do momento
Os preços do petróleo dispararam enquanto as ações asiáticas recuperavam o equilíbrio nesta quarta-feira, com investidores avaliando o impacto do agravamento do conflito na Ucrânia e de uma nova proibição dos EUA ao petróleo russo.
“O choque do petróleo, por natureza, é acumulado, não único, e o potencial para o mercado atingir US$ 150 antes de retornar a US$ 100 é mais fácil para os investidores digerirem”, disse à Reuters Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management.
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“Colocar em vigor sanções sem primeiro desenvolver contingências de oferta substitutas arrisca muito mais o petróleo Brent”, disse.
Nas negociações da manhã na Ásia, o petróleo Brent de referência global foi negociado a US$ 130,31 por barril, alta de 1,82% no dia, mas ainda abaixo do pico de US$ 139,13 atingido na segunda-feira.
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O petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiu 1,41%, a US$ 125,45 por barril.
Nos mercados de ações, o índice mais amplo da MSCI de ações da Ásia-Pacífico fora do Japão foi 0,80% maior, enquanto o ASX 200 da Austrália, com muitos recursos, subiu 1,14%.
O índice blue-chip CSI300 da China subiu 0,47%, recuando dos ganhos mais fortes anteriores, depois que novos dados de inflação refletiram uma combinação de demanda doméstica fraca e altos preços de commodities. Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,1%.
Mercados voláteis
Os ganhos marcaram uma reviravolta após três sessões de fortes perdas, que empurraram o índice MSCI a uma queda de mais de 6%, para seu nível mais baixo desde o final de setembro.
Em Wall Street, na terça-feira (8), o Dow Jones caiu 0,56%, o S&P 500 perdeu 0,72% e o Nasdaq caiu 0,28%.
Os mercados permanecem voláteis, incapazes de avaliar com confiança as implicações de preços do fluxo de notícias, dado o estado complexo da economia global, avaliam analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíram, com as notas de referência de 10 anos rendendo 1,8577%, ante 1,871% na terça-feira.
Os preços do ouro caíram de recordes, com o produto à vista caindo 0,66%, para US$ 2.038,95 por onça.