Produção industrial cai 0,1% em novembro, mas fica acima da mediana

Para gerente do IBGE, indústria segue viés negativo em novembro

Indústria em SP (Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo)
Indústria em SP (Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo)

A produção da indústria brasileira caiu 0,1% em novembro, ante outubro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em outubro, o indicador registrou alta de 0,3% em comparação a setembro.

Com o desempenho, o setor industrial brasileiro ainda está com a produção 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% inferior ao nível recorde, alcançado em maio de 2011.

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Acima da expectativa

O desempenho de novembro ficou acima da mediana das estimativas de 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de queda de 0,2%, livre dos efeitos sazonais. As projeções iam de recuo de 1,1% a alta de 0,2%.

Na comparação com igual mês em 2021, a produção industrial subiu 0,9% em novembro de 2022. Por essa base de comparação, a expectativa mediana do mercado era de que o indicador tivesse subido 0,7% conforme levantamento do Valor. As projeções iam de queda de 0,9% a aumento de 1,5%.

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Indústria acumula queda de 0,6% em 2022

A indústria acumula queda de 0,6% no ano, até novembro, e recuo de 1% nos últimos 12 meses.

Segundo o gerente da PIM-PF, André Macedo, a indústria brasileira girou em torno de um “viés negativo” em novembro, o que justificou o resultado de queda mensal. Ele ainda diz que, nos últimos seis meses, o setor apresentou quatro resultados negativos do total de cinco em 2022.

“Isso mostra o setor girando em torno de um mesmo patamar, mas com um viés negativo, já que a média móvel trimestral está em queda pelo quarto mês seguido e mostra uma trajetória descente muito clara”, detalhou o gerente da pesquisa.

Macedo lembrou ainda que, no início de 2022, com medidas de incremento de renda e impulsionamento do setor implementadas pelo governo, houve ganho de ritmo pela indústria, que emplacou, a partir de fevereiro, quatro meses seguidos de crescimento. No entanto, notou o técnico, isso não durou.

“A recuperação, no entanto, foi pontual. Posteriormente, ainda tendo como pano de fundo inflação alta, especialmente de alimentos, elevado número de trabalhadores fora do mercado de trabalho, precarização dos postos de trabalho e uma massa de rendimentos que avançou muito pouco, o setor industrial voltou a mostrar perda de ritmo”, comentou, no comunicado do IBGE sobre a pesquisa

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