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Uma pesquisa do Instituto DataSenado revela que 42% dos apostadores de bets no Brasil estão endividados, representando cerca de 8,5 milhões de pessoas. O estudo, realizado entre maio e junho, entrevistou 21,8 mil pessoas e mostrou que a maioria dos apostadores é jovem, do sexo masculino e com ensino médio completo. O governo estuda medidas para endurecer as regras das apostas, incluindo a proibição de pagamentos via cartão de crédito e restrições para beneficiários do Bolsa Família.
Hoje, 42% dos participantes de apostas esportivas, as chamadas ‘bets’, alegam estar endividados. Dessa forma, a proporção corresponde a quase 8,5 milhões de brasileiros. O Instituto DataSenado é o autor do estudo.
Então, o levantamento realizado por técnicos do Senado mostra que 20,3 milhões de pessoas com mais de 16 anos afirmam ter apostado nas bets entre maio e junho deste ano. Os dados foram coletados entre 5 e 28 de junho. Foram ouvidas 21,8 mil pessoas e o nível de confiança é de 95%.
Assim, o estudo revela que o perfil dos que apostaram é composto majoritariamente por pessoas do sexo masculino (62%), de até 39 anos (56%) e com ensino médio completo (40%). A maioria dos apostadores gastou até R$ 500.
Apostadores jovens são maioria
Entre os entrevistados que realizaram apostas esportivas, 62% são do sexo masculino e 38% do sexo feminino. Então, a maioria dos apostadores (56%) tem entre 16 e 39 anos, seguidos das faixas entre 40 e 49 (17%), 50 e 59 (13%) e 60 anos ou mais (14%).
Em relação à escolaridade, 40% têm o Ensino Médio completo. Outros 23% têm o Ensino Fundamental incompleto e 20% têm o Ensino Superior incompleto ou mais.
Do ponto de vista econômico, a maioria afirma exercer atividade remunerada (68%). Outros 27% estão fora da força de trabalho e 5% se declaram desocupados.
Baixa renda
A maior parte dos apostadores consultados recebe até dois salários mínimos (52%) por mês. Já aqueles que ganham entre dois e seis mínimos somam 35%. Assim, os que recebem uma remuneração superior a essas quantias representam 13%.
O governo estuda formas de endurecer as regras antes do prazo previsto para a regulamentação. Isso porque informação divulgada pelo Banco Central mostrou que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets em agosto
Um dos casos que a gestão petista estuda barrar é o pagamento via cartão de crédito. Outra possibilidade em discussão é impedir apostas de beneficiários do Bolsa Família.
Ontem, o Ministério da Fazenda divulgou a “lista positiva” de empresas de bets autorizadas a operar no Brasil. Dessa forma, na lista nacional, segundo a Fazenda, há 93 empresas com respectivamente 205 bets (marcas).
Essas empresas ficarão autorizadas a operarem no Brasil até o dia 31 de dezembro deste ano. A Fazenda ainda vai divulgar a lista definitiva das empresas e dos sites que serão autorizados a operar a partir de 1º de janeiro de 2025.
Nesta data, começará o mercado regulado de apostas no Brasil.