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Com desastre de enchentes, indústria gaúcha teve pior queda de série história do IBGE em maio
Com as fortes chuvas que assolaram o Estado desde o fim de abril, a indústria do Rio Grande do Sul teve, em maio, a pior queda da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Regional (PIM Regional), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Rio Grande do Sul representa 6,8% da indústria nacional, lembrou o IBGE.
Houve recuo de 26,2% em maio ante abril, informou há pouco o IBGE. A série começa em janeiro de 2002.Em comunicado, o instituto informou que o recuo foi destaque na pesquisa, que mostrou recuo em nove dos 15 locais pesquisados para o levantamento, na comparação mês ante mês anterior.
“Trata-se da taxa negativa mais intensa já registrada na série histórica, superando inclusive a registrada no início da pandemia, em abril de 2020 (-20,5%)”, detalhou o instituto, em comunicado sobre a pesquisa.
No informe, o IBGE ressaltou o impacto negativo na indústria causado pelas enchentes no Estado. Entre os segmentos industriais que mais sofreram perdas citados pelo IBGE estão: derivados do petróleo; produtos químicos; veículos automotores; alimentos; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; produtos do fumo; máquinas e equipamentos; produtos de metal; metalurgia; e bebidas.
Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, comentou no informe que, em maio, houve paralisação total ou parcial em diversas plantas industriais, além de muitas dificuldades de logística que prejudicaram a atividade industrial no Rio Grande do Sul.
“Para se ter uma ideia, a indústria gaúcha está 34,5% abaixo do seu nível de produção mais alto, obtido em setembro de 2008. Esse é o segundo pior patamar de produção da indústria no estado, atrás apenas do resultado de abril de 2020”, afirmou Almeida. A indústria gaúcha está 23,8% aquém do seu patamar pré-pandemia, completou ainda o IBGE.
Outro destaque negativo no levantamento foi Espírito Santo. Esse Estado ocupou o segundo lugar no ranking de maiores quedas na produção industrial em maio ante abril (-10,2%). Os setores extrativo e de metalurgia foram os maiores responsáveis pelo resultado negativo, detalhou o IBGE.
O desempenho da indústria capixaba em maio eliminou o crescimento de 2,6% obtido no mês anterior e foi a taxa mais intensa desde julho de 2022, quando teve queda de 18,4%, informou ainda o IBGE.
Com informações do Valor Econômico
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