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Real digital: bancos vão colaborar com projeto-piloto
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criou um grupo de trabalho para colaborar com um projeto-piloto do Banco Central visando a criação do real digital. Inicialmente, participarão cerca de 15 representantes de bancos que focarão seus debates técnicos em questões como segurança, resiliência, interoperabilidade e escalabilidade da moeda digital, diz a Febraban em comunicado.
No último dia 6 de março, o BC anunciou o do projeto-piloto do real digital e detalhou as diretrizes do projeto. O real digital é uma CBDC (moeda digital emitida por um Banco Central, na sigla em inglês). O projeto vai permitir, por exemplo, que o cliente possa pedir ao seu banco a geração de um token (ativo digital) de um depósito bancário, de qualquer valor.
“Esse token poderá ter valor parcial ou integral do montante que o cliente tenha na instituição financeira. Com isso, poderá pegar esse token e fazer transações financeiras fora do horário comercial e nos finais de semana, como comprar um título público”, explica a Febraban.
O objetivo do BC é concluir a parte de testes até dezembro de 2023. Até março de 2024, serão feitas as avaliações. Resolvidas as questões principais de segurança, de funcionamento da infraestrutura e de privacidade das informações, com previsão até o fim de 2024, começarão os testes com a população.
“Em um primeiro momento, o real digital provavelmente terá mais aplicabilidade para a pessoa jurídica. Não será utilizado em larga escala por pessoas físicas. O mercado ainda vai se desenvolver. O que estamos construindo é uma infraestrutura que permita a tokenização desses depósitos. E a partir daí, você abre um leque de oportunidades para outros produtos e serviços no sistema financeiro”, diz Leandro Vilain, diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban.
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