Remessas de imigrantes nos EUA para o México batem recorde e expõem dados sobre a economia dos dois países

As remessas feitas por imigrantes nos EUA para o México atingiram um novo recorde de US$ 5,3 bilhões em julho

Mercado acompanha dados de inflação nos EUA (Foto: Pixabay)
Mercado acompanha dados de inflação nos EUA (Foto: Pixabay)

As remessas feitas por imigrantes nos EUA para o México atingiram um novo recorde de US$ 5,3 bilhões em julho, segundo dados do Banxico, o banco central mexicano. Isso eleva o total desde janeiro para US$ 32,8 bilhões, ou 16% a mais do que no mesmo período do ano passado.

“Se a quantidade de dinheiro enviada para casa pelos mexicanos que trabalham nos EUA oferece um indicador da saúde da economia americana, então há boas notícias para o presidente Joe Biden”, escreveu, com base nos dados do Banxico. Depois de cair no início da pandemia, em 2020, as remessas para o México se mostraram surpreendentemente resilientes.

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Cerca de 11 milhões de imigrantes mexicanos vivem nos EUA. E há mais 25,5 milhões de hispânicos nascidos nos EUA, mas de origem mexicana.

Em comparação com o México, os EUA se recuperaram mais rapidamente da pandemia, principalmente em termos de emprego. O mercado de trabalho dos EUA continua apertado. A taxa de desemprego no mercado americano, apesar de ter subido para 3,7% em agosto, permanece próxima das mínimas históricas.

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E, no setor de serviços, no qual muitos imigrantes mexicanos trabalham, os aumentos nos salários por hora e semana ultrapassaram a média nacional — favorecendo os ganhos e as remessas.

Mesmo assim, as tendências de remessas são um indicador econômico imperfeito. Primeiro porque oferece uma medida atrasada. E os números também podem ser inflados pelas transferências eletrônicas durante a pandemia. Essas transferências, ao contrário do dinheiro em espécie transportado pela fronteira, são mais propensas a aparecer nos dados oficiais.

Alguns estudos também mostraram que os fluxos de remessas também podem funcionar de forma anticíclica, independentemente da saúde da economia do país anfitrião. Isso significa que os mexicanos que vivem nos EUA podem estar enviando mais fundos para casa em razão de suas famílias estarem com mais dificuldades para lidar com a inflação crescente.

Assim, o fato de as remessas agora representarem 4% do PIB do México, superando o valor combinado da produção de petróleo e do turismo como fonte de divisas estrangeiras, fala tanto da força relativa dos EUA quanto da fraqueza da própria economia mexicana.

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