Ometto, da Cosan, ataca taxa de juros e diz que com poucas mudanças Brasil decola

Empresas citadas na reportagem:
Em evento do BTG nesta quarta-feira (26), o CEO da Cosan, Rubens Ometto, foi duro no tom ao comentar sobre a política de juros do País. Para o executivo, o que mais atrapalha as grandes empresas hoje “é o problema da taxa de juros”. “É uma pena porque o País, com poucas mudanças, decola. Claro que juros reais entre 9% e 10% torna impossível administrar qualquer empreendimento”, afirmou.
Assim, cabe lembrar que a taxa de juros básica da economia está atualmente em 13,25%. Há novo aumento de um ponto percentual contratado pelo Copom. Então, a expectativa indica que o atual ciclo de alta da Selic não será interrompido antes da taxa chegar ou superar o patamar de 15% ao ano.
Taxa de juros e perda de competitividade
O executivo usou tom ainda mais duro para falar da perda de competitividade do País por conta dos juros altos. “Dinheiro não produz. Se você tem uma taxa de juro (menor) todo mundo precisa deixar de ser vagabundo e começar a trabalhar. Você vai alavancar e crescer muito”, acrescenta.
Menin: taxa de juros como consequência

Rubens Menin, dono da MRV, do Banco Inter e da rede de televisão CNN no Brasil, indicou que a “taxa de juros talvez seja consequência e não a causa (da falta de produtividade do País)”.
Para Menin, a “guerra” contra o déficit fiscal indica que o assunto foi abraçado pela sociedade. “Existe uma expressão que é consciência fiscal, ela está melhor, mas ainda longe do ideal”, avalia.
Menin ainda avalia que há um vácuo de discussão e que há “grupos de interesse” favorecidos pela atual política fiscal em detrimento da sociedade como um todo.
“Precisamos ter consciência tributária Precisamos de bolsa família, mas junto com o BPC dá quase R$ 300 bilhões por ano. Precisamos diminuir”, finalizou o executivo.
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