Rússia proibirá exportações de commodities em resposta a novas sanções ocidentais

Ministros de Vladimir Putin terão dois dias para apresentar lista de produtos e países que serão sujeitos à medida

O presidente russo Vladimir Putin em Moscou (Foto: Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin via REUTERS)
O presidente russo Vladimir Putin em Moscou (Foto: Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin via REUTERS)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu proibir as exportações de algumas commodities e matérias-primas em resposta às novas sanções impostas ao país devido à invasão da Ucrânia.

As commodities que terão a exportação proibida ainda serão determinadas pelo Gabinete de Putin, segundo um decreto publicado hoje em Moscou. Os ministros terão dois dias para apresentar uma lista de produtos e de países que serão sujeitos à medida.

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O decreto foi publicado horas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter anunciado uma proibição às importações de petróleo e gás natural russos por causa da invasão da Ucrânia.

A União Europeia (UE) anunciou um plano para reduzir as importações do gás russo em dois terços ainda neste ano. Já o Reino Unido informou que reduzirá gradualmente as compras de petróleo e derivados da Rússia até o final de 2022.

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A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e o principal exportador de gás natural. As exportações dos combustíveis fósseis são um dos motores da economia do país e acreditava-se que o Ocidente era muito dependente da energia russa abandoná-la facilmente. A invasão da Ucrânia, porém, mudou essa dinâmica.

O país também é um grande fornecedor de grãos e metais, como alumínio, níquel e paládio, do qual é responsável por 40% da produção global. Uma proibição abrangente às exportações pode derrubar os mercados globais de commodities. As cotações do níquel já atingiram um recorde histórico hoje.

O decreto segue uma série de medidas adotadas pelo Kremlin em resposta às sanções adotadas pelo Ocidente desde a invasão da Ucrânia.

O texto diz que o objetivo da medida, que ficará em vigor até 31 de dezembro, é “garantir a segurança” da Rússia e o “funcionamento ininterrupto da indústria”.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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