Setores de energia elétrica e saneamento ficam no foco em período eleitoral, dizem analistas

Cinco empresas se sobressaem: Sabesp, Eneva, Eletrobras, Equatorial e Auren

Estrutura da Sabesp (SBSP3), companhia de abastecimento do estado de São Paulo - Foto: Sabesp/Divulgação
Estrutura da Sabesp (SBSP3), companhia de abastecimento do estado de São Paulo - Foto: Sabesp/Divulgação

O UBS BB avalia que os setores de saneamento e energia elétrica ficam no foco em meio ao período eleitoral e ao último trimestre do ano. O banco comenta, em relatório, que diante do segundo turno das eleições gerais, os dois candidatos à presidência da república têm visões antagônicas em vários pontos relacionados aos setores.

“Acreditamos que os investidores estarão atentos aos discursos dos candidatos, principalmente os comentários sobre a renovação das concessões de distribuição de energia e uma possível revisão da nova lei de saneamento”, dizem os analistas Giuliano Ajeje e Guilherme Reif. Eles afirmam que cinco empresas se sobressaem: Sabesp, Eneva, Eletrobras, Equatorial e Auren.

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A Sabesp fica no foco por conta de uma possível mudança na empresa. Os analistas lembram que o resultado do primeiro turno para o governador do estado de São Paulo indicou Tarcísio de Freitas (Republicanos) em primeiro lugar, que é o candidato que mais se manifestou por mudanças na empresa, citando inclusive uma privatização.

“Tarcisio tem falado sobre a urgência de acelerar a universalização dos serviços de saneamento e redução de tarifas. A nosso ver, é possível atingir a meta de universalização por meio de um modelo de corporação, como o caso da Eletrobras. Além disso, acreditamos que o pagamento antecipado da outorga ajudaria a atingir o objetivo de transformar a Sabesp em sociedade anônima”, pontuam.

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Enquanto isso, a Eneva se destaca por conta do crescimento. As ações da Eneva já caíram mais de 4% em outubro, apesar do leilão de reserva de capacidade realizado no final de setembro que poderia ter um valor patrimonial adicional de R$ 4,5 bilhões a R$ 4,7 bilhões.

Os analistas atribuem o resultado à precificação de investidores em relação a oportunidades de crescimento mais baixas. “A Eneva é a empresa em nossa cobertura que estaria mais preparada para crescer com o leilão de térmicas de reserva. Com o forte aumento do preço do gás devido à crise energética, as empresas que têm reservas de gás na região norte teriam vantagem competitiva nos leilões”, dizem.

No entanto, no leilão que ocorreu no final do mês passado, a Eneva licitou por um volume menor do que os investidores esperavam. Segundo a empresa, a opção foi uma política de contenção de risco, o que fez com que os investidores ficassem cautelosos com o crescimento da empresa, segundo o UBS BB.

No setor elétrico, a Eletrobras e a Equatorial são as principais escolhas da casa. “Wilson Ferreira já assumiu novamente como diretor-presidente (da Eletrobras) e esperamos algumas medidas de empréstimos compulsórios e redução de gastos operacionais”, dizem os analistas.

Além disso, destacam que os investidores estão mais preocupados com o preço da energia para os próximos anos. No caso da Equatorial, a aquisição da Celg foi bem recebida pelos investidores e a empresa deve focar na recuperação dos ativos adquiridos.

No caso de Auren, os analistas ainda aguardam o acordo para receber compensação da UHE Três Irmãos e se tal compensação será paga na forma de dividendos adicionais.

O UBS BB tem recomendação de compra para as ações da Eletrobras, Equatorial e Auren, com preços-alvo de R$ 48,17, R$ 28,65 e R$ 14,33, respectivamente. Para os papéis da Sabesp e Eneva, a casa tem recomendação neutra, com preços-alvo de R$ 57,44 e R$ 13,58.

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