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Surpresa em serviços impõe viés de alta ao PIB, diz Renascença
O resultado positivo dos serviços em agosto fez a Renascença revisar a projeção para o segmento em 2022 e implica também um viés de alta para as suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) desse ano, atualmente em 2,8%. Em comentário distribuído a clientes, o economista César Garritano nota que a alta de 0,7% do volume de serviços em agosto significa uma aceleração da média móvel trimestral e, portanto, continuidade do fortalecimento do setor.
“Após a boa leitura da PMS, revisamos nossas estimativas para o indicador em 2022, de +6,5% para +8,1%. Essa revisão já leva em consideração o cenário acima traçado para os serviços e o elevado carrego estatístico da PMS (+7,6%) para o restante do ano.
Segundo o IBGE, o volume de serviços prestados no país teve cresceu 0,7% em agosto ante julho, após alta de 1,1% em julho. O dado veio novamente acima da mediana das estimativas de 21 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de expansão de 0,3%, e próxima do teto do intervalo, que ia de -0,8% a 0,8%.
A variação interanual ficou em 8%, também próxima ao teto tas projeções de 22 casas colhidas pelo Data, que ia de 4,4% até 8,1%, com mediana em 7%.
“Essa forte alta da PMS acompanhada de aceleração em tal base de comparação também reforça o quadro de continuidade de melhora do setor, movimento em muito apoiado pelos fortes desempenhos das atividades de Transportes, Serviços Auxiliares aos Transportes e Correio e de Serviços Prestados às Famílias” escreve Garritano.
“Desse modo, embora outros importantes setores da economia doméstica já estejam refletindo alguns aspectos negativos da conjuntura atual, conforme já debatido nas recentes análises da PIM e da PMC, o setor de serviços continua performando de maneira positiva, inclusive em ritmo superior ao que aguardávamos.”
O economista pondera que o segmento ainda tem espaço para melhorar, em meio à dinâmica favorável do mercado de trabalho e efeitos diretos e indiretos das medidas de estímulo do governo e estímulos. A desaceleração do segmento, nesse sentido, fica para algum momento do último trimestre.
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