Juros futuros ampliam ritmo de baixa após dado de emprego mais fraco nos EUA

Também estão no radar do mercado os riscos da guerra entre Israel e o Hamas por seu potencial de influência nos preços do petróleo e na inflação mundial

Painel de cotação de ativos da bolsa de valores. Foto:B3 / Divulgação
Painel de cotação de ativos da bolsa de valores. Foto:B3 / Divulgação

Os juros futuros operam em baixa nesta sexta-feira (3) em sintonia com o comportamento do dólar e dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Na volta do feriado de Finados e no primeiro dia de negócios depois que o Banco Central cortou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, os investidores voltam as atenções ao cenário internacional. E o destaque nesta manhã fica por conta do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, de outubro, cujo resultado ficou aquém do esperado.

As taxas de juros no Brasil, que já haviam iniciado o dia em baixa, ampliaram o ritmo depois da notícia de que os Estados Unidos criaram 150 mil vagas de trabalho no mês passado, abaixo das estimativas de mercado, de 170 mil novos postos de trabalho.

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O dado indica menor aquecimento econômico que o esperado nos EUA, o que contribui para a menor pressão sobre a inflação e menor necessidade de aperto monetário. Os juros dos Treasuries, que já vinham registrando baixa nos vencimentos intermediários e longos, ampliaram o ritmo, com a T-Note de dois anos também passando a cair.

Na avaliação de analistas ouvidos pelo Broadcast na quarta-feira (1) depois do anúncio do BC, a correlação entre os juros dos Treasuries e as taxas dos juros futuros no Brasil tende a aumentar nos próximos meses, ou até que se tenha um cenário de médio prazo mais claro no que diz respeito a inflação e política monetária. Além do ritmo da economia americana e da crise econômica na China, estão no radar os riscos da guerra entre Israel e o Hamas por seu potencial de influência nos preços do petróleo e na inflação mundial.

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O cenário doméstico, evidentemente, também segue no radar. Embora o Copom não tenha feito referência direta ao episódio em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite um possível não cumprimento da meta de déficit zero em 2024, o assunto certamente será monitorado pela diretoria do BC, pelo seu potencial de interferência nos prêmios de risco embutido nos ativos.

Às 10h25, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para liquidação em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,83%, contra 10,95% do ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2026 projetava 10,67%, ante 10,84% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 recuava de 11,02% para 10,86%, na mínima do dia.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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